O governador da Bahia Rui Costa (PT), em entrevista à TV Bahia, na manhã desta segunda-feira (1º/03), chorou ao falar sobre as medidas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus no estado.
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Rui Costa: 'Se não vai ajudar, pelo menos me deixe trabalhar em paz'Bolsonaro diz que Rui Costa 'mantém fortíssimos laços' com bandidos condenadosGoverno da Bahia não tem 'laços de amizade' com bandidos, rebate Rui CostaNas imagens, é possível observar que Costa vai se emocionando na medida que comentava sobre o lockdown de 48 horas decretado em algumas regiões da Bahia.
CONSCIÊNCIA
"Essa doença não é como o câncer. É uma doença coletiva. Ou a gente vai ter consciência disso ou não nos livraremos dessa doença. Por ser uma doença coletiva, só vamos nos livrar com comportamento coletivo", destacou Rui Costa.
Na sequência, ao pedir para que a sociedade mantenha os cuidados sanitários, ele chorou. "Temos que pensar quantas vidas humanas uma bebedeira vale. Quantas vidas humanas você vai ser responsável por ir em uma festa? 'Ah, eu tenho direito de ficar bêbado, de encher bares, de ir para paredão'. Seu direito é superior à dor de mães e pais que perderam filhos? Vi hoje um pai chorando porque perdeu a filha de 16 anos, então... É isso”, parou Rui Costa, já emocionado.
O político ainda tentou falar sobre o fechamento do comércio, mas não conseguiu e pediu desculpas. "Não é fácil. É duro você receber mensagem dizendo 'e meu negocio? E minha loja?' O que é mais importante: 48 horas de loja funcionando ou vidas humanas? Desculpa", afirmou Rui, chorando novamente. O governador também ressaltou que 'infelizmente o Brasil vai entrar para a história dessa pandemia como o país que pior tratou dessa doença'.
"Os Estados Unidos eram os piores, mas mudaram o presidente e hoje eles estão com 45 milhões de vacinados", disse.
De acordo com o consórcio de imprensa (que reúne um grupo sites e jornais nacionais), o Brasil vacinou 1,9 milhão de pessoas com a segunda dose, o que representa 0,91% da população. Já 6,5 milhões tomaram apenas a 1ª dose, o que representa 3,11% da população.