O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) foi um dos chefes de Executivo estaduais que não assinou uma nota de repúdio contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), emitida nesta segunda-feira (1º/03). Ao todo, 19 dos 27 governantes se colocam contra Bolsonaro, após um post feito nesse domingo (28/2) com valores relativos a repasses aos estados em 2020, ano marcado pela pandemia de COVID-19, que já matou 254.942 pessoas no país (dados do Ministério da Saúde).
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"Em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o governo federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população", diz trecho da nota, intitulada “Nota pública sobre repasses financeiros aos aos Entes Federativos”.
De acordo com o governo de Minas, "o governador Romeu Zema acredita que o momento é de união em torno de soluções no combate à pandemia, com a aceleração do processo de vacinação e o financiamento dos leitos de UTI. Ainda segundo o governador, embates políticos devem ficar em segundo plano, com foco na solução de problemas". Segundo Bolsonaro, Minas recebeu R$ 81,4 bilhões de valores diretos e indiretos e R$ 26,96 bilhões somente de auxílio emergencial. O Executivo estadual não respondeu se os valores estão corretos.
Alguns governadores, além da nota, também publicaram nos perfis pessoais. Foi o caso de Camilo Santana (PT-CE) que, segundo Bolsonaro, viu o estado receber R$ 42,5 bilhões, sendo R$ 15,17 bilhões para auxílio emergencial.
“Lamentável que o senhor presidente da República, além de desrespeitar normas sanitárias o tempo inteiro, leve seu tempo a espalhar informações distorcidas e promover discórdia com governadores, quando deveria tentar unir o país para superarmos juntos a gravíssima crise que vivemos”, publicou, na manhã desta segunda.