Nos últimos dias, a situação de COVID-19 no Brasil tem se agravado, batendo recorde de mortes em 24 horas. Por isso, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se pronunciou na abertura da sessão da corte eleitoral nesta quinta-feira (04/03). O juiz lamentou as mortes pela doença e disse que eram evitáveis.
Barroso relembrou o recorde de mortes registradas nessa quarta-feira (03/03), com total de 1.840 dentro de 24 horas, o pior desde o início da pandemia. O ministro disse que o país passa por um momento de desvalorização da vida e que é legítimo o “sentimento de abandono Brasil afora”.
"Nós tivemos na data de ontem (03/03) 1.840 mortos pela COVID-19 no Brasil. Nós estamos batendo recordes negativos. Algumas dessas mortes eram, como em toda parte do mundo, inevitáveis, mas, muitas, evitáveis. Nós estamos, infelizmente, vivendo um momento de desvalorização da vida, em que pessoas nos deixam e passam a ser tratadas puramente como números. É muito triste o que está acontecendo no Brasil, e é legítimo o sentimento de abandono que as pessoas têm pelo Brasil afora", lamentou.
Nós estamos, infelizmente, vivendo um momento de desvalorização da vida, em que pessoas nos deixam e passam a ser tratadas puramente como números
Luís Roberto Barroso - Ministro STF
O país completou 42 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca da 1 mil. Foram cinco recordes seguidos desde o último sábado (27/02):
- Quinta-feira (25/02): 1.150 (recorde)
- Sexta-feira (26/02): 1.148
- Sábado (27/02): 1.180 (recorde)
- Domingo (28/02): 1.208 (recorde)
- Segunda-feira (1º/03): 1.223 (recorde)
- Terça-feira (2/03): 1.274 (recorde)
- Quarta-feira (3/03): 1.332 (recorde)