O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, na transmissão ao vivo nesta quinta-feira (4/3) ao defender o tratamento precoce, que não tem comprovação científica. A relação entre os dois se complicou depois da demissão do ex-chefe da pasta em abril do ano passado, por divergências no uso da cloroquina para tratamento do coronavírus.
“Não sou médico, mas existe um tratamento que se chama 'fora da bula'. O médico tem o direito, ao se deparar com uma doença, que ninguém sabe muita coisa sobre ela, de buscar tratamento alternativo. Diferentemente do seu Mandetta, que mandava ficar em casa e, quando tivesse falta de ar, fosse para o hospital para ser intubado”, afirmou Bolsonaro.
“Ele foi meu ministro da Saúde, foi embora e continua falando as asneiras por aí. Quase toda sua equipe foi para São Paulo e continua falando as besteiras”, completou o presidente.
Bolsonaro também leu um comunicado do Ministério Público Estadual de Goiás, que apoia o tratamento precoce com medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina: “O MP emite uma nota apoiando tratamento precoce com hidroxicloroquina e inverctina que qualquer outra coisa que o médico julgue ser necessário. Ele fala com o paciente, mas através de observação dele, tais medicamentos tem dado um sinal de atender a doença, no caso a COVID-19. É um direito do médico fazer isso”, afirmou o presidente.