Ao contrário do que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem divulgando para apoiadores, a comissão enviada por ele para Israel, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, não poderá circular pelo país.
Os membros da comitiva, que viajam no próximo sábado (06/03), têm como objetivo estudar uma possível compra do spray para o tratamento contra a COVID-19. Todos ficaram restritos ao hotel e compromissos oficiais.
Isso porque o ministro e sua comitiva deverão seguir os protocolos sanitários que foram estabelecidos pelo governo insraelense. O país é o mais avançado programa de vacinação no mundo.
De acordo com interlocutores, a missão brasileira terá entre oito e dez pessoas.
Na última quarta-feira (3/3), o presidente Jair Bolsonaro confirmou a viagem. “Nossa equipe vai decolar no sábado à noite para Israel. Todas as tentativas foram feitas, acordos e memorandos e agora vai até os hospitais e laboratórios. Por nossa intenção, está tudo acertado para isso”, disse o presidente para apoiadores.
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Nas últimas semanas, Bolsonaro tem dito que enviará à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de liberação emergencial do spray nasal. Ele deseja que a fase 3 experimental do medicamento já aconteça nas próximas semanas.
“Como é para ser usado em quem está hospitalizado, quem está em UTI, eu acho que não tem problema nenhum usar esse spray no nariz do cara. O que é esse spray? Não sei, mas o que acontece: esse produto, há 10 anos, estava sendo investigado, estava sendo estudado para outro tipo de vírus”, explica.
Ao comentar o resultado de testes preliminares do medicamento, Bolsonaro disse que
“parece que é um produto milagroso”.
O spray
O “medicamento” que vem sendo defendido pelo presidente, está em estudos iniciais para o combate de infectados pelo novo coronavírus. Até o momento, não existe nenhuma comprovação de eficácia nem aprovação de agências de vigilância sanitárias para o uso contra a COVID-19.
A “nova cloroquina”, o spray ficou conhecido após estudiosos do Centro Hospitalar de Tel Aviv informarem que o medicamento foi aprovado nos primeiros testes executados.
Em contrapartida, o estudo é preliminar e está em fase de sondagem da aplicação à doença, sem compará-lo a um placebo, por exemplo.
Em contrapartida, o estudo é preliminar e está em fase de sondagem da aplicação à doença, sem compará-lo a um placebo, por exemplo.