Uma postagem do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (MDB), sobre o protocolo adotado pelo estado ao fechar as atividades não-essenciais deu início a uma troca de farpas pública com o jornalista e escritor Rodrigo Constantino neste sábado (6/3).
A polêmica começou quando Leite postou que foram espalhadas notícias falsas afirmando que o estado havia proibido a venda de bebidas alcoólicas. “Está circulando uma informação incorreta de que proibimos a venda de bebidas – alcoólicas e não alcoólicas – em supermercados. As bebidas em geral estão dentro do item alimentação e podem, sim, ser comercializadas. Não caia em fake news e não espalhe a desinformação”, postou o governador.
Em seguida, Constantino respondeu à postagem de Leite: “Você vai decidir o que pode ou não ser comercializado agora, governador? Isso não é tirania da pior espécie?”.
Itens não essenciais podem ser comercializados por tele-entrega. As medidas são restritivas para as vendas presenciais, com foco na redução da circulação e da permanência em ambientes como os supermercados.
%u2014 Eduardo Leite (@EduardoLeite_) March 6, 2021
Por questão de saúde pública, só estabelecemos restrições em mercadorias que pagam ICMS. Caráter e opinião os que gostam de vender ainda podem, embora não se recomende. https://t.co/VqRtcOTtDX
%u2014 Eduardo Leite (@EduardoLeite_) March 6, 2021
Minutos depois, Leite cutucou o jornalista: “Por questão de saúde pública, só estabelecemos restrições em mercadorias que pagam ICMS. Caráter e opinião os que gostam de vender ainda podem, embora não se recomende”.
Desde o início da semana, o governador determinou que somente o serviço essencial ficaria aberto depois do colapso no sistema de saúde (100% das UTIs ocupadas).
Demitido
Rodrigo Constantino é assumidamente extrema-direita e defende as ideias do presidente Jair Bolsonaro nesta pandemia, como ser contrário ao fechamento das atividades, minimizar as mortes pela doença e assumir postura negacionista à vacina. Ele ganhou evidência no ano passado por ter sido demitido da Rádio Jovem Pan depois de um comentário sobre o caso de estupro da catarinense Mariana Ferrer.
Durante uma transmissão ao vivo, Constantino declarou que, se sua filha sofresse um abuso sexual assim como Ferrer, ele não denunciaria o homem e a deixaria de castigo.