O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou a decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), anulando os processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a decisão, Lula se torna o maior rival do presidente nas eleições de 2022.
“O ministro Fachin tinha forte, sempre teve uma forte ligação com o PT. Então, não nos estranha uma decisão nesse sentido. Mas, obviamente, é uma decisão monocrática, mas vai ter que passar pela turma, não sei, ou pelo plenário para que tenha a devida eficácia”, afirmou Bolsonaro.
A declaração foi dada durante entrevista à CNN Brasil em frente ao Palácio da Alvorada.
"Agora, todo mundo foi surpreendido com isso daí. Afinal de contas, as bandalheiras que esse governo fez estão claras perante toda a sociedade. Você pode até supor, né, a questão do sítio em Atibaia, do apartamento, mas você tem coisas dentro do BNDES, que o desvio chegou na ordem de meio trilhão de reais com obras fora do Brasil”, completou o presidente.
Bolsonaro também comentou o impacto da decisão no mercado. “Você pode ver: a bolsa já foi lá pra baixo e o dólar lá em cima. Agora espero que a turma do STF restabeleça o julgado.”
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Só Lula supera Bolsonaro
Em pesquisa de opinião que mede o potencial de voto de 10 possíveis candidatos nas eleições presidenciais de 2022, apenas o ex-presidente petista demonstra ter mais capital político que o atual ocupante do Palácio do Planalto.
No levantamento, feito pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), 50% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Lula se ele se candidatasse novamente à Presidência, e 44% afirmaram que não o escolheriam de jeito nenhum.
Bolsonaro aparece com 12 pontos percentuais a menos no potencial de voto (38%), e 12 a mais na rejeição (56%).
Bolsonaro aparece com 12 pontos percentuais a menos no potencial de voto (38%), e 12 a mais na rejeição (56%).
Prisão de Lula
Em 14 de setembro de 2016, o Ministério Público Federal denunciou Lula e mais sete pessoas pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Em 20 de setembro de 2016, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia e Lula tornou-se réu na Operação Lava-Jato.
Preso em 7 de abril de 2018 após se entregar à Polícia Federal, Lula permaneceu na cadeia por 580 dias. Ele foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão. Na segunda instância, a pena foi aumentada para 12 anos e um mês.
Lula está livre desde novembro do ano retrasado, quando a prisão em 2° instância, salvo casos de flagrantes, foi derrubada.
Em abril de 2019, numa decisão unânime, a 5ª Turma do STJ manteve a condenação de Lula e reduziu a pena para oito anos e 10 meses por corrupção passiva e a de lavagem de dinheiro de 12 anos e 1 mês para oito anos e 10 meses de prisão.
O ex-presidente nega todas as acusações.
*Estagiária sobe supervisão da editora-assistente Vera Schmitz
*Com agências