O nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está envolvido na acusação de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela compra dos caças Gripen, entre 2013 e 2015, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Ele vai ser interrogado em 27 de maio pelo juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara Federal em Brasília.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente teria participado de negociações irregulares para a compra de 36 caças, que são aeronaves de combate para a Força Aérea, do modelo Gripen, fabricados pela empresa sueca Saab entre 2013 e 2015.
Quem também responde ao processo é o filho de Lula, Luis Cláudio, que tem o interrogatório agendado para 28 de maio. Ele é acusado de receber de um lobista valores supostamente pagos para que o pai usasse sua influência na compra dos caças.
O interrogatório vai esclarecer dúvidas desse processo diretamente com o petista, já que quando foi agendado em 2019 precisou ser cancelado. Isso porque a Justiça pediu para que testemunhas fossem ouvidas primeiro, como os ex-presidentes franceses François Hollande e Nicolas Sarkozy.
Outras acusações
Nessa segunda-feira (8/3), Lula recebeu a notícia de que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federa (STF), anulou todos os processos conduzidos pela 13ª Vara de Justiça Federal do Paraná no âmbito da Lava-Jato. Esses processos se referem ao triplex do Guarujá, ao sítio de Atibaia e ao Instituto Lula.
A decisão de Fachin, que atendeu a um pedido da defesa de Lula, é processual, ele não julgou o mérito das provas, não disse se o petista é inocente ou culpado, disse apenas que ele deve ser julgado pela Justiça do Distrito Federal e pela Lava-Jato. Com a decisão de Fachin, Lula pode se tornar réu novamente, mas o processo volta à primeira instância caso a Justiça decida aceitar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) mais uma vez.