O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou as redes sociais, nesta terça-feira (09/03), para falar sobre a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato.
Segundo o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), “pouco importa se haverá Lula” nas eleições presidenciais de 2022.
“Não há como ‘desver’ os escândalos de corrupção durante os tempos de Lula na presidência. Limpar sua ficha só aumentará o sentimento de insatisfação da população”, disse o deputado federal.
Não há como "desver" os escândalos de corrupção durante os tempos de Lula na presidência. Limpar sua ficha só aumentará o sentimento de insatisfação da população.
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E pouco importa se em 2022 haverá Lula ou não, o foco da democracia tem que estar no voto impresso e auditável.
Na segunda-feira (08/03), o ministro Luiz Edson Fachin anulou as condenações dadas a Lula. A decisão faz com que o petista recupere seus direitos políticos. Assim, Lula deixa de ser inelegível, podendo voltar a ser candidato.
Só Lula supera Bolsonaro
Em pesquisa de opinião que mede o potencial de voto de 10 possíveis candidatos nas eleições presidenciais de 2022, apenas o ex-presidente petista demonstra ter mais capital político que o atual ocupante do Palácio do Planalto.
No levantamento, feito pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), 50% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Lula se ele se candidatasse novamente à presidência, e 44% afirmaram que não o escolheriam de jeito nenhum.
Bolsonaro aparece com 12 pontos percentuais a menos no potencial de voto (38%), e 12 a mais na rejeição (56%).
Bolsonaro aparece com 12 pontos percentuais a menos no potencial de voto (38%), e 12 a mais na rejeição (56%).
Prisão de Lula
Em 14 de setembro de 2016, o Ministério Público Federal denunciou Lula e mais sete pessoas pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Em 20 de setembro de 2016, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia e Lula tornou-se réu na Operação Lava-Jato.
Preso em 7 de abril de 2018, após se entregar à Polícia Federal, Lula permaneceu na cadeia por 580 dias. Ele foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão. Na segunda instância, a pena foi aumentada para 12 anos e um mês.
Lula está livre desde novembro de 2019, quando a prisão em 2ª instância, salvo casos de flagrantes, foi derrubada.
Em abril de 2019, numa decisão unânime, a 5ª Turma do STJ manteve a condenação de Lula e reduziu a pena para oito anos e 10 meses, por corrupção passiva; a de lavagem de dinheiro de 12 anos e 1 mês para oito anos e 10 meses de prisão.
O ex-presidente nega todas as acusações.