Em viagem a Israel para tratar do spray nasal contra a COVID-19, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) justificou a ida ao país, em publicação feita nesta terça-feira (09/03) em uma rede social. De acordo com o filho do presidente, entendimento não floresce da mesma maneira num ambiente virtual, defendendo o encontro presencial.
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Em Israel, Eduardo Bolsonaro e Ernesto Araújo são obrigados a usar máscarasEduardo Bolsonaro vai a Israel conhecer spray nasal contra COVID-19Eduardo Bolsonaro sobre eleições em 2022: 'Pouco importa se haverá Lula'Ministério da Saúde faz apelo à China por vacinas: 'Risco de faltar doses'Deputado mineiro é internado após ser diagnosticado com COVID pela 2ª vezTJDF vai apurar omissão de dados em escritura de mansão de Flávio Bolsonaro“Este tipo de entendimento não floresce da mesma maneira num ambiente virtual. O olho no olho, o fato da comitiva se fazer presente, além de respeito, demonstrou ainda o quanto prioritária é esta parceria e eles corresponderam as nossas expectativas”, publicou.
Horas antes da publicação, Eduardo Bolsonaro fez algumas postagens dizendo que os israelenses pretendem cooperar para o uso do spray nasal contra a COVID-19 em solo brasileiro. A ideia é trazer a segunda fase de estudos do medicamento para o Brasil.
“Tudo se desenvolvendo em acordo com a ANVISA pretendemos ter no Brasil a mesma vanguarda que Israel no combate à pandemia”, disse o deputado em uma rede social.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chefia a delegação, que conta com o próprio Eduardo Bolsonaro e o secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcelo Moraes.
Infectologista contesta spray
Integrante do comitê da prefeitura de Belo Horizonte no enfrentamento ao coronavírus, o infectologista Carlos Starling disse, na última sexta-feira (5/3), que o spray nasal defendido por Bolsonaro não eficácia alguma e defendeu que somente os imunizantes podem reduzir as mortes por COVID-19.
“Temos a vacina. Não temos em número suficiente. Temos que investir nisso. Investir em qualquer outra coisa, (como) spray nasal, não tem o menor cabimento. (São) tratamentos que não têm sentido. Precisamos de vacina urgentemente”, disse o médico mineiro.