Em viagem a Israel para tratar do spray nasal contra a COVID-19, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) justificou a ida ao país, em publicação feita nesta terça-feira (09/03) em uma rede social. De acordo com o filho do presidente, entendimento não floresce da mesma maneira num ambiente virtual, defendendo o encontro presencial.
Eduardo Bolsonaro afirmou, também, que houve uma relação de respeito entre a comitiva brasileira e o governo de Israel. Segundo o deputado, a viagem "correspondeu às expectativas".
“Este tipo de entendimento não floresce da mesma maneira num ambiente virtual. O olho no olho, o fato da comitiva se fazer presente, além de respeito, demonstrou ainda o quanto prioritária é esta parceria e eles corresponderam as nossas expectativas”, publicou.
Horas antes da publicação, Eduardo Bolsonaro fez algumas postagens dizendo que os israelenses pretendem cooperar para o uso do spray nasal contra a COVID-19 em solo brasileiro. A ideia é trazer a segunda fase de estudos do medicamento para o Brasil.
“Tudo se desenvolvendo em acordo com a ANVISA pretendemos ter no Brasil a mesma vanguarda que Israel no combate à pandemia”, disse o deputado em uma rede social.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chefia a delegação, que conta com o próprio Eduardo Bolsonaro e o secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcelo Moraes.
Infectologista contesta spray
Integrante do comitê da prefeitura de Belo Horizonte no enfrentamento ao coronavírus, o infectologista Carlos Starling disse, na última sexta-feira (5/3), que o spray nasal defendido por Bolsonaro não eficácia alguma e defendeu que somente os imunizantes podem reduzir as mortes por COVID-19.
“Temos a vacina. Não temos em número suficiente. Temos que investir nisso. Investir em qualquer outra coisa, (como) spray nasal, não tem o menor cabimento. (São) tratamentos que não têm sentido. Precisamos de vacina urgentemente”, disse o médico mineiro.