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Estado de Minas

Médico do spray nasal de Israel: 'só vacinas acabam com doenças virais'

Gamzu afirmou que 'há um entusiasmo' do Brasil quanto ao remédio israelense que ele não vê em outros países


09/03/2021 22:50 - atualizado 09/03/2021 22:59

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) justificou a ida ao país(foto: AHMAD GHARABLI / AFP )
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) justificou a ida ao país (foto: AHMAD GHARABLI / AFP )
O professor Ronni Gamzu, CEO do Centro Médico Sourasky, localizado em Tel Aviv, Israel, afirmou, em entrevista à repórter Daniela Kresch, da "Folha de S. Paulo", que "só vacinas acabam com doenças virais". O médico se reuniu nesta terça-feira (09/03) com a delegação brasileira que foi a Israel obter mais informações sobre as pesquisas de um spray anti-COVID. 
 
Durante a entrevista, Gamzu afirmou que "há um entusiasmo" do Brasil quanto ao remédio israelense que ele não vê em outros países. Além disso, alertou que o desenvolvimento do remédio pode levar "meses, senão anos". 

EDUARDO BOLSONARO 

Em viagem a Israel para tratar do spray nasal contra a COVID-19, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) justificou a ida ao país, em publicação feita nesta terça-feira (09/03) em uma rede social. De acordo com o filho do presidente, entendimento não floresce da mesma maneira num ambiente virtual, defendendo o encontro presencial.
 
Eduardo Bolsonaro afirmou, também, que houve uma relação de respeito entre a comitiva brasileira e o governo de Israel. Segundo o deputado, a viagem "correspondeu às expectativas".
 
“Este tipo de entendimento não floresce da mesma maneira num ambiente virtual. O olho no olho, o fato da comitiva se fazer presente, além de respeito, demonstrou ainda o quanto prioritária é esta parceria e eles corresponderam as nossas expectativas”, publicou.
 
Horas antes da publicação, Eduardo Bolsonaro fez algumas postagens dizendo que os israelenses pretendem cooperar para o uso do spray nasal contra a COVID-19 em solo brasileiro. A ideia é trazer a segunda fase de estudos do medicamento para o Brasil.
 
“Tudo se desenvolvendo em acordo com a ANVISA pretendemos ter no Brasil a mesma vanguarda que Israel no combate à pandemia”, disse o deputado em uma rede social.
 
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chefia a delegação, que conta com o próprio Eduardo Bolsonaro e o secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcelo Moraes.
 

Infectologista contesta spray 

Integrante do comitê da prefeitura de Belo Horizonte no enfrentamento ao coronavírus, o infectologista Carlos Starling disse, na última sexta-feira (5/3), que o spray nasal defendido por Bolsonaro não eficácia alguma e defendeu que somente os imunizantes podem reduzir as mortes por COVID-19.
 
“Temos a vacina. Não temos em número suficiente. Temos que investir nisso. Investir em qualquer outra coisa, (como) spray nasal, não tem o menor cabimento. (São) tratamentos que não têm sentido. Precisamos de vacina urgentemente”, disse o médico mineiro.


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