O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o PT "não pode ter medo de polarizar", e sim, de "não polarizar e ficar esquecido". Em pronunciamento nesta quarta-feira (10/03), Lula afirmou que o que não pode acontecer, no entanto, é polarização como aconteceu nas eleições de 2014 com o PSDB que, em sua avaliação, "radicalizaram com ódio".
Para o petista, a sigla "vai sempre disputar eleições para polarizar, seja Bolsonaro ou qualquer partido". "Podemos polarizar com quem quer que seja desde que seja esquerda com direita", afirmou. Lula explica que, desde as eleições de 1988, o PT investe na polarização política.
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Lula diz que é radical 'porque vai à raiz dos problemas'Lula: ''A Petrobras foi bem dirigida no nosso governo''Lula diz que Jornal Nacional com voto de Gilmar foi 'épico'Bolsonaro sobre vacinas: 'O governo está mostrando o seu trabalho'Bolsonaro sobre aumento de abuso de crianças: 'Infelizmente se concretizou'Segundo Lula, ele está "convencido que aliança política será possível; por isso, temos que ter paciência". "Quando chegar momento de decidir, veremos se vai ser possível construir alianças fora da esquerda", aponta. "Você pode construir programa que envolva setores conservadores, por exemplo vacina e auxílio emergencial". Para Lula, a "única coisa que eu penso é que Flávio Dino, Boulos e dirigentes sindicais andem este país". "Em 2002, com José Alencar como meu vice, foi 1ª vez que fizemos aliança entre o capital e o trabalho".
Em sua visão, o apoio a favor de Ciro Gomes em 2022 ainda é incerto. "Se Ciro Gomes continuar com grosserias, não vai ter apoio da esquerda nem confiança da direita", comenta. Ainda, Lula disse não ter certeza sobre o atual governador de São Paulo, João Doria. "Temos um candidato do PSDB, vamos desenterrar aquele Doria?", questionou.