Vereador pelo Rio de Janeiro e filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) publicou, nesta quarta-feira (10/03), em sua rede social, que seu pai nunca foi contra a vacina antiCOVID-19. Carlos fez um compilado de vídeos para sustentar sua afirmação.
Na ocasião, chamou a atenção a postura de Jair Bolsonaro durante a solenidade. O presidente mudou o tom em relação aos imunizantes e prometeu mais de 400 milhões de doses para a população brasileira até o fim do ano. A publicação de Carlos Bolsonaro ocorreu horas depois de o pai ter assinado uma lei que facilita a compra de vacinas contra a COVID-19.
“Siga a ordem cronológica dos fatos para não cair em narrativas. Presidente Jair Bolsonaro nunca foi contra vacina como dizem os canalhas!”, escreveu Carlos.
Siga a ordem cronológica dos fatos para não cair em narrativas.
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) March 10, 2021
Presidente @jairbolsonaro nunca foi contra vacina como dizem os canalhas! pic.twitter.com/ehpyQ3Jmim
Na ocasião, chamou a atenção a postura de Jair Bolsonaro durante a solenidade. O presidente mudou o tom em relação aos imunizantes e prometeu mais de 400 milhões de doses para a população brasileira até o fim do ano.
No entanto, desde o início da pandemia, Bolsonaro tratou a questão da vacinação como “segundo plano”, priorizando o chamado “tratamento precoce”, quando se faz uso de substâncias como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina contra a COVID-19. Nenhum dos medicamentos possui eficácia comprovada cientificamente para tratar da doença.
Em diversas oportunidades, Bolsonaro travou uma guerra política contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por causa da CoronaVac, vacina fabricada pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Em uma das ocasiões, o presidente disse que não iria se imunizar.
"Eu não pretendo tomar vacina sem que ela seja devidamente comprovada cientificamente. Não pretendo tomar. Quem quiser tomar, o governo vai estar à disposição. O governo federal vai fazer campanha sim, mas campanha responsável para o povo se vacinar sabendo aí de todas as possíveis consequências e efeitos adversos", disse.
Houve caso até de desautorização pública para aquisição de doses da CoronaVac. Em outubro, por exemplo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, havia anunciado a compra de 46 milhões de doses. No dia seguinte, Bolsonaro garantiu que cancelaria a compra.
"Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade", afirmou.
Numa entrevista, em dezembro, o presidente demonstrou não acreditar na vacina chinesa depois do resultado dos testes clínicos, que apontaram 50% de eficácia para casos leves: “A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população”.