Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Em manifesto, Raps cobra que Bolsonaro reconheça gravidade da pandemia

A Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) divulgou nesta quinta, 11, uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro apontando o que, na avaliação de 83 políticos associados, deveriam ser prioridades para a atuação do governo no pior momento da pandemia do coronavírus. A carta é assinada por pessoas com mandato, de vereadores a senadores de 19 partidos, e aborda temas que vão da agenda econômica à vacinação.

Reconhecer a gravidade do momento priorizando a vida da população é a sugestão que abre a lista de sete pontos, que traz ainda, de forma não detalhada, o pedido de estabelecimento de uma renda mínima, a criação de fontes de financiamento para a sustentação de pequenos negócios e a aceleração da vacinação universal no País. O texto também pede que Bolsonaro promova a "união dos entes federados" e apresente um "plano consistente" para que o Brasil supere a crise e inicie uma retomada econômica.

"O momento é grave, causa severos impactos na vida das pessoas, e é juntando forças que vamos superar", diz o prefeito de Recife, João Campos (PSB), membro da Raps. "Sempre defendendo a vida, a renda emergencial e acelerando a vacinação."

"Familiares e amigos de mais de 270 mil pessoas sofrem, enquanto o Brasil assiste ao colapso, não só da saúde, mas de vários pilares que sustentam uma sociedade democrática e voltada ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental", diz o grupo na carta. "Este documento tem por finalidade, além de alertar para a gravidade do momento, orientar prioridades para a execução de políticas públicas dos entes federados. Para nós, cada vida importa. Todas as vidas importam."

LISTA DE PRIORIDADES DA RAPS PARA O COMBATE À PANDEMIA:

1. Reconhecer a gravidade do momento priorizando a vida da população;

2. Viabilizar uma renda, ainda que emergencial, para a população em situação de extrema pobreza;

3. Promover fontes de financiamento para a sustentação de micro e pequenos negócios;

4. Promover a união dos entes federados no enfrentamento à pandemia;

5. Acelerar a vacinação universal no país, que tem se mostrado a única saída em todo o mundo para o enfrentamento da pandemia, com redução de casos e mortes;

6. Apresentar um plano consistente para que o Brasil supere a crise sanitária e inicie uma retomada econômica;

7. Reorientar a política externa, tendo como prioridade o combate ao desmatamento com o objetivo de frear o desinvestimento externo.



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