Jornal Estado de Minas

Através do governo da BA, Ministério da Saúde tenta compra de vacina russa

 
Por intermédio do governo da Bahia, o Ministério da Saúde tentará a compra de 39 milhões de doses da vacina Sputnik V. Os nordestinos haviam negociado diretamente com o laboratório russo a compra de um percentual de imunizantes para atender toda a região, mas vai cedê-lo ao Governo Federal para dar sequência ao Plano Nacional de Imunização (PNI).




 
 
Para que o planejamento dê certo, o contrato precisa ser assinado nesta sexta-feira (12/3) para garantir o cronograma de entrega das doses. A expectativa é de que haja entrega de 400 mil vacinas em março, 1,5 milhão em abril, 10 milhões em maio e o restante até julho.

O Ministério da Saúde vem encontrando dificuldades para encontrar imunizantes no mercado e diminuiu a previsão de repasses aos estados e municípios. 

Em meados de fevereiro, o ministro Eduardo Pazuello havia anunciado a compra de 46 milhões de doses, mas reduziu a quantidade para um número entre 25 e 28 milhões em comunicado nesta quarta-feira (10/3).

No cronograma inicial da pasta, estavam previstas pelo menos 400 mil doses da vacina russa Sputink e outras 8 milhões da indiana Covaxin, mas o ministro não confirmou o acordo na compra dos imunizantes.





Desta vez, porém, o acordo verbal do Ministério da Saúde foi sacramentado depois de reunião com o governador Rui Costa (PT), com participação de integrantes do Consorcio Nordeste. Caso as partes não assinem o contrato nesta sexta-feira, a Bahia vai mesmo efetuar a compra das doses para o Nordeste. 

“Tínhamos combinado 39 milhões para o nordeste, mas eventualmente podemos ver volume maior se for para o país inteiro. Ele disse que tem interesse e eu organizei amanhã para tentar marcar essa reunião no primeiro horário. Se o ministério adquirir para o país inteiro, ótimo. Se não, a Bahia assina amanhã o contrato com a Sputnik”, afirmou Rui Costa.

Autonomia para vacinas 

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), estados e municípios passam a ter autonomia para a compra de vacinas. Em todo o país, já há um consórcio com a participação de mais de 7 mil municípios que tentarão acelerar o processo no exterior, caso o Plano Nacional de Imunização demore a sair do papel. 

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