Uma carreata a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) foi realizada manhã deste domingo (14/03) em Belo Horizonte. Centenas de pessoas se reuniram na Praça do Papa, Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul da capital mineira, e partiram por volta das 10h30 rumo à Praça da Liberdade, na mesma região.
Carreata a favor do presidente Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) lota Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul de BH pic.twitter.com/WwbceVf56W
%u2014 Estado de Minas (@em_com) March 14, 2021
As pessoas se vestiam com o traje usual dos apoiadores do presidente: bandeiras do Brasil, camisas da Seleção Brasileira de futebol e roupas verde e amarelo. Máscara de proteção, contudo, não é um acessório usado por grande parte dos manifestantes. A carreata teve buzinaço e alto falante que tocava o hino nacional.
“Estamos aqui pedindo a destituição dos 11 ministros. Porque entendemos que o ministro da Suprema Corte tem que ser de carreira e eleito pelo voto do povo, assim como fazemos com deputados, senadores. Queremos mudança nessa regra de presidente da República indicar juíz. Somos democratas, queremos que o ministro do Supremo chegue pela força do povo”, disse Cristiano Reis Líder, líder do movimento Direita BH.
Outras capitais também receberam carreatas. Em Salvador, na Bahia, os manifestantes pediram ao governo que pare de "gastar com respiradores". O ato ocorreu no mesmo dia em que Minas Gerais registrou 144 mortes por COVID-19 em 24h.
Outras capitais também receberam carreatas. Em Salvador, na Bahia, os manifestantes pediram ao governo que pare de "gastar com respiradores". O ato ocorreu no mesmo dia em que Minas Gerais registrou 144 mortes por COVID-19 em 24h.
A relação entre Bolsonaro, Congresso Nacional e STF nunca foi das melhores. E mesmo aparentemente sem ligação direta com o governo federal, uma decisão recente do STF incomodou os bolsonaristas.
Na última segunda-feira (08/03), o ministro Luiz Edson Fachin anulou as sentenças de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente entre 2003 e 2010, no âmbito da Operação Lava-Jato. A ação fez com que o ex-presidente recuperasse os direitos políticos, podendo assim disputar as eleições de 2022, na qual Bolsonaro deve tentar reeleição.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão de Fachin contra a decisão que anulou as quatro ações penais do ex-presidente na Lava-Jato, incluindo as duas condenações impostas ao petista. O ministro mantém o entendimento, mas liberou na última sexta-feira (12/03) o caso para ser discutido pelos colegas do STF.