Depois de confirmar que recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Saúde, a médica cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou, nesta segunda-feira (15/03), que sofreu ameaças de morte após ter sido cotada para o lugar do atual ministro Eduardo Pazuello. A médica desconsiderou o convite de Bolsonaro, após discordâncias de pensamento.
"Eu recebi ataques, tentativa de invasão no hotel que eu estava, ameaças de morte, fui agredida com áudios e vídeos falsos. Mas estou firme e forte aqui. Hoje volto para São Paulo para continuar a minha missão, que é ser médica. Estou à disposição do meu país e vou continuar atendendo pessoas da direita e da esquerda", contou a médica durante a entrevista à CNN Brasil.De acordo com a médica, ela nunca declarou uma posição política e que o seu partido é o "Brasil".
“Talvez, para pessoas radicais que estão defendendo o discurso da polarização, é algo que me diminui. Pelo contrário, se eu fizesse isso, eu estaria negando o juramento que eu fiz no dia que me formei na Universidade de Brasília. Continuarei cuidando da direita e da esquerda, porque eu não tenho medo”, apontou.
Invasão
Mais tarde, em entrevista à GloboNews, a médica detalhou as ameaças. Segundo ela, foram três tentativas para invadir o hotel em que ela estava hospedada em Brasília.
“Durante a madrugada, houve três tentativas de entrar no hotel. Eles tinham o número do meu celular, sabiam o número do meu quarto. Eu não temo, mas me assusto que existe esse tipo de gente atrapalhando o Brasil.”
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Estavam presentes na reunião com a médica, realizada no domingo (14/03), além de Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o filho 03 do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz