Além de Jair Bolsonaro (sem partido) estavam presentes na reunião com a médica Ludhmila Hajjar, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o filho 03 do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ludhmila era cotada para assumir a pasta da Saúde, mas recusou o convite após discordâncias de pensamento com o presidente.
Leia Mais
'Fui ameaçada de morte', diz Ludhmila Hajjar após convite de BolsonaroLudhmila Hajjar recusa convite para assumir o Ministério da SaúdeEduardo Bolsonaro sobre Maju Coutinho: 'Arrogância global'Bolsonaristas usam vídeo de Ludhmila Hajjar com Dilma para atacar médicaPazuello sobre demissão: 'Eu não pedi para sair. Isso é com o presidente'Caminho até os 278 mil mortos: há um ano, Bolsonaro negava a pandemiaNa contramão de Bolsonaro, Ludhmila Hajjar diz que cloroquina não funciona“Estavam além de mim e do presidente Jair Bolsonaro, o ministro Pazuello e o deputado Eduardo Bolsonaro. Por todo o tempo, ficamos os quatro juntos tratando dessa eventual mudança no Ministério da Saúde”, afirmou.
Segundo Ludhmila, a mudança foi tratada com “muita clareza, transparência e tranquilidade”, inclusive da parte do ministro Pazuello.
Leia: Ludhmila Hajjar recusa convite para assumir o Ministério da Saúde
Leia: Ludhmila Hajjar recusa convite para assumir o Ministério da Saúde
Ao falar sobre a presença de Eduardo Bolsonaro e qual foi sua participação na reunião, a médica deixou claro que o filho do presidente estava no local para “observar”.
“Eu acho que ele foi só acompanhar uma reunião do presidente. Ele não teve participação nos assuntos da Saúde”, contou.
Convite
Ludhmila Hajjar se reuniu com Bolsonaro na tarde deste domingo (14/3), no Palácio da Alvorada. A conversa, no entanto, foi inconclusiva. A médica tem postura favorável ao isolamento social como forma de combater o avanço do vírus e já criticou o uso da cloroquina, bandeiras que contrastam diretamente com o que defende o presidente desde o início da pandemia.
Nesta segunda-feira (15/3), a médica recusou o convite de Bolsonaro. Em seguida, ela relatou ameaças sofridas durante o tempo em que esteve em Brasília.
"Eu recebi ataques, tentativa de invasão no hotel que eu estava, ameaças de morte, fui agredida com áudios e vídeos falsos. Mas estou firme e forte aqui. Hoje volto para São Paulo para continuar a minha missão, que é ser médica. Estou à disposição do meu país e vou continuar atendendo pessoas da direita e da esquerda", contou a médica durante entrevista a CNN Brasil.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.