Há um ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dava sinais mais consistentes do negacionismo em relação à pandemia de COVID-19. Em um cenário no qual 200 pessoas eram confirmadas positivas para o vírus no Brasil, Bolsonaro participou de manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Em frente ao Palácio do Planalto, centenas de manifestantes pediam a volta do AI-5, o decreto mais duro em vigência na ditadura militar.
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Pacheco: Gostaria de ver Lula e Bolsonaro sentados à mesa em busca de soluçõesNa contramão de Bolsonaro, Ludhmila Hajjar diz que cloroquina não funcionaEduardo Bolsonaro participou de reunião do presidente com Ludhmila Hajjar'Fui ameaçada de morte', diz Ludhmila Hajjar após convite de BolsonaroUm ano depois, segundo os dados do Ministério da Saúde, até esta segunda-feira (15/03), o Brasil registrou 11.483.370 de casos confirmados de COVID-19. Foram 278.229 mortes.
Na sexta-feira (12/03), o Brasil voltou a ser o segundo país do mundo com mais casos de COVID-19, de acordo com dados da universidade Johns Hopkins, superando a Índia e ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Em relato no livro “Um paciente chamado Brasil: os bastidores da luta contra o coronavírus”, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta conta que foi convidado por um assessor de Bolsonaro a acompanhá-lo, mas recusou. “Respondi: ‘Se ele decidiu, que arque com as consequências”, escreveu.
Estavam presentes com Bolsonaro, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
Manifestações no Brasil
As manifestações de 15 de março estavam previstas desde o fim de janeiro, mas ganharam novo impulso. Bolsonaro já havia sinalizado seu negacionismo. Na época, a população não tinha noção do que a pandemia de COVID-19 iria se tornar.
Na manhã do dia 15, capitais brasileiras como Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Belém (PA), Maceió (AL), e cidades do interior registraram atos de apoio ao governo.
Negacionismo
Durante a pandemia de COVID-19, o presidente adotou inúmeras medidas negacionistas. Desde negar a existência do vírus, recusar vacinas, não usar máscara e até provocar aglomerações.
Confira 10 momentos em que Bolsonaro foi contra a vacina
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz