Depois da recusa da médica Ludhmila Hajjar, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou o também cardiologista Marcelo Queiroga nesta segunda-feira (15/3) para assumir o Ministério da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello. A mudança será publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Nascido em João Pessoa, Queiroga já foi indicado para a presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Atualmente, ele chefia a Sociedade Brasileira de Cardioologia (SBC) e também defende o isolamento social. Ele foi recebido por Bolsonaro no Palácio da Alvorada.
Ele assume a pasta da Saúde na vaga a ser deixada por Pazuello, cuja atuação durante a pandemia vinha sendo criticada pela explosão de casos e mortes no país, sobretudo em março.
Pazuello foi alçado ao cargo, primeiro interinamente, em 16 de maio de 2020, quando o Brasil acumulava 15.660 mortes por COVID-19, e deixa o governo com o país registrando mais de 270 mil óbitos.
O general concedeu entrevista para anunciar a aquisição de vacinas da Pfizer e da Janssen e disse que não pediu para deixar o cargo e que está bem de saúde. Durante a coletiva, ele praticamente se despediu da função.
Dança das cadeiras
Marcelo Queiroga é o quarto ministro da Saúde no governo de Bolsonaro. O primeiro foi Henrique Mandetta, demitido em abril do ano passado depois de divergências com o presidente em relação ao uso da cloroquina, que não tem comprovação científica.
Em seguida, o oncologista Nelson Teich assumiu a pasta, no entanto foi exonerado pelo chefe do Executivo, dando a vaga a Pazuello.