Em conversa com apoiadores na tarde desta segunda-feira (15/3), no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) elogiou a escolha do médico cardiologista Marcelo Queiroga para assumir o Ministério da Saúde. Segundo o presidente, o novo ministro dará sequência ao trabalho desenvolvido pelo general Eduardo Pazuello, que será desligado do cargo. A mudança será publicada no Diário Oficial da União (DOU).
"Ele tem tudo, ao meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento a tudo que o Pazuello fez até hoje no tocante das vacinas”, comentou Bolsonaro.
O chefe do Executivo disse que o novo ministro é "mais entendido" na questão da saúde e buscará ações para diminuir as mortes por COVID-19, sem especificar quais: “Queiroga, também gestor, mas muito mais entendido na questão de saúde, vai fazer outros programas que interessem cada vez mais pra diminuir o número de pessoas que vêm a entrar em óbito por ocasião dessa doença que se abateu no mundo todo”.
Apesar de deixar a Saúde, Pazuello comandará a equipe de transição até que Queiroga esteja totalmente habituado à função. Segundo Bolsonaro, o trabalho vai durar de uma a duas semanas.
Bolsonaro também teceu elogios a Pazuello, que assumiu o Ministério da Saúde em 15 de maio do ano passado, logo após o oncologista Nelson Teich ser exonerado do cargo.
"O trabalho do Pazuello foi muito bem-feito, a parte de gestão foi muito bem-feita com ele e agora vamos partir para uma parte mais agressiva no tocante de combate ao vírus”, afirmou. O presidente, no entanto, não justificou a saída de Pazuello.
Críticas e investigação
O general vinha recebendo muitas críticas e entrou em atrito com governadores, que defendiam o isolamento social. Outro ponto que teria pesado na saída de Pazuello é a lentidão no Programa Nacional de Imunização (PNI), já que o Brasil vacinou apenas 5% da população.
Nas últimas entrevistas, o então ministro reduziu a perspectiva de vacinas nos próximos meses.
Ele inicialmente anunciou que o país teria 46 milhões de doses até maio, mas depois diminuiu a quantidade para entre 23 a 25 milhões.
Pazuello também é investigado por uma suposta omissão no caso da falta de oxigênio, que levou a mortes em Manaus, em janeiro deste ano.
Ele inicialmente anunciou que o país teria 46 milhões de doses até maio, mas depois diminuiu a quantidade para entre 23 a 25 milhões.
Pazuello também é investigado por uma suposta omissão no caso da falta de oxigênio, que levou a mortes em Manaus, em janeiro deste ano.