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Estado de Minas FRUSTRAÇÃO

Kalil após veto a crédito: 'Enchentes agora a população trata com a Câmara'

Projeto de empréstimo para impulsionar melhorias na Bacia do Isidoro foi barrado por um voto; parlamentar do PSD, partido do prefeito, se absteve de votar


16/03/2021 17:34 - atualizado 16/03/2021 17:48

Prefeito criticou postura dos vereadores em votação sobre empréstimo para financiar obras na cidade(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Prefeito criticou postura dos vereadores em votação sobre empréstimo para financiar obras na cidade (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), criticou a postura de vereadores após a Câmara Municipal rejeitar o projeto que permitiria a captação de US$ 160 milhões (R$ 907 milhões, em valores atuais) para solucionar alagamentos na cidade e urbanizar áreas de risco. A verba iria impulsionar o Programa de Redução de Riscos de Inundações e Melhorias Urbanas na Bacia do Ribeirão Isidoro, no vetor Norte, mas a ideia foi derrubada por um voto.

O resultado frustrou Kalil, que precisava do aval de 28 dos 41 parlamentares. O placar da votação, contudo, foi de 27 a 12.

“Lamento. deputado federal e vereadores trabalhando contra Belo Horizonte. Enchentes, agora, a população trata com a Câmara Municipal”, disse o prefeito, após o resultado.

O deputado federal citado por Kalil é Marcelo Aro (PP). Ex-aliados, eles romperam politicamente no início deste ano. A separação refletiu na relação da Prefeitura de BH com o Legislativo municipal: parte dos vereadores é ligada a Aro. Por consequência, um grupo de parlamentares que estava na base governista acabou se afastando.

O vereador Cláudio do Mundo Novo, filiado ao PSD assim como Kalil, se absteve de participar da votação.

No plenário da Câmara, o líder de Kalil no Parlamento municipal, Léo Burguês (PSL), atribuiu o placar a “brigas políticas”, mas sem detalhar a questão. “Vi vereadores vibrando na hora em que o projeto da cidade foi derrotado”, falou, sem dar nomes.

Impactos do empréstimo


A Bacia do Isidoro compreende os córregos do vetor Norte belo-horizontino. São quatro córregos principais: Vilarinho e Nado, em Venda Nova; Terra Vermelha e Floresta, na Região Norte da cidade. A administração municipal enxergava o empréstimo como medida essencial para dar continuidade ao processo de melhorias nos espaços da cidade que, tradicionalmente, sofrem com os efeitos dos temporais.

A proposta contemplava a urbanização de áreas de risco que estão no entorno das bacias, como as ocupações Izidora, Helena Greco, Dandara, Vitória e Rosa Leão.

A prefeitura já toca obras na área. Uma das intervenções é a construção de uma estrutura para armazenamento de água. Atualmente, a PBH trabalha em prol de melhorias nos córregos do Vilarinho e do Nado. Uma estrutura hidráulica, popularmente conhecida como piscinão, está sendo construída no encontro dos dois córregos, nas proximidades da estação Vilarinho do metrô, onde os alagamentos são frequentes.

O empréstimo, além das questões urbanísticas, autorizaria a construção de outros reservatórios no entorno da bacia.


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