Enquanto o Brasil bate recorde diário de mortes da COVID-19, os Estados Unidos avançam com números expressivos de vacinação. Já se colocando como contraponto a Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao mandatário americano, Joe Biden, que doe vacinas para o Brasil. Na entrevista à CNN norte-americana, o petista também reafirmou que há chances de concorrer às eleições de 2022.
Lula sugeriu ao democrata Biden que reúna o G20, criado em 1999 para fortalecer as negociações internacionais e proporcionar uma estabilidade econômica global, para discutir sobre os imunizantes. “É urgente chamar os principais líderes mundiais e colocar na mesa um só assunto: vacina, vacina, vacina", ressaltou.
Ele ainda ressaltou que não acredita no governo brasileiro, liderado atualmente por Bolsonaro, e que não recorreria a Trump, caso o republicano tivesse vencido a última eleição.
“A responsabilidade dos líderes internacionais é enorme, então estou pedindo ao presidente Biden que faça isso porque não posso… Não acredito em meu governo. E, portanto, não poderia pedir isso para Trump, mas Biden é um alento para a democracia no mundo", disse.
A repórter, Christiane Amanpour, compartilhou o trecho da fala de Lula em suas redes sociais:
Eleições 2022
Durante a entrevista para a CNN norte-americana, Lula também reafirmou a possibilidade de se candidatar à presidência nas eleições de 2022. Ele disse que não iria negar o convite se for escolhido e estiver bem de saúde. No entanto, o petista ponderou que sua prioridade no momento é salvar o Brasil da COVID-19. "Se, quando chegar o momento de disputar as eleições, o meu partido e os outros partidos aliados entenderem que eu posso ser o candidato, e se eu estiver bem de saúde com a energia que eu tenho hoje, eu não negarei o convite", falou Lula sobre o cenário eleitoral de 2022.
"Mas eu não quero falar disso. Minha prioridade máxima agora é salvar esse país", completou o petista, em referência ao recrudescimento da pandemia de COVID-19 no Brasil.
Brasil x EUA
O Brasil registrou 2.648 novas mortes em decorrência da COVID-19 em 24 horas, segundo dados atualizados nesta quarta-feira (17/3), pelo Ministério da Saúde. Com isso, chega a 284.775 o número de vidas perdidas em razão da doença no país.
Enquanto o número de vacinação segue lentamente, sendo apenas 5% da população com a dose do imunizante. Os que receberam as duas doses, somam 3.916.493, ou seja, 1,85% do total.
Já nos Estados Unidos, foram registrados 537.649 mortes, sendo 1.177 nas últimas 24h. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o índice de 249.360 contaminações registrado em janeiro caiu para 62.555 em março. Também afirmou que a média semanal de internações de pacientes com coronavírus teve queda de 67%: de 16.540 (9/1) para 5.490 (2/3).
Este número caiu também em decorrência do avanço que o país tem com a vacina contra o novo coronavírus. Oficialmente como presidente dos Estados Unidos desde janeiro de 2021, Joe Biden prometeu que ao longo dos seus 100 primeiros dias de mandato como chefe do executivo estadunidense, ele distribuiria 100 milhões de vacinas.
O CDC confirmou que até o momento, 73.669.956 da primeira dose já foram aplicadas na população, representando 22,2%. A segunda dose representa 12% (39.989.196). Isso significa que o país já vacinou mais de um quinto da população e mais de dois milhões de doses de vacina são aplicadas todos os dias.