O presidente e o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos "Fura-Fila" serão definidos em reunião nesta quinta-feira (18/3) às 16h na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A CPI investiga possíveis irregularidades no uso de vacinas contra COVID-19 para imunizar servidores da Secretaria de Estado de Saúde que não atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus.
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Demitido após denúncia, ex-secretário de Zema quebra silêncio: 'Incomodei'Vereadores pedem a Zema que pare de ir a Divinópolis 'passear e namorar'Líder da oposição na ALMG: 'Zema é submisso a Bolsonaro'Zema: suspeita de vacinação de servidores em home office será investigadaCPI dos Fura-Fila: veja a lista de servidores vacinados no interiorIndicados pelo bloco independente estão Cássio Soares (PSD), Sávio Souza Cruz (MDB), Repórter Rafael Martins (PSD) e João Vítor Xavier (Cidadania).
A oposição indicou apenas um nome, o do deputado Ulysses Gomes (PT). Gomes, por ter sido o primeiro signatário do pedido de CPI, não pode ser relator ou presidente do grupo.
A tendência é de que a presidência e relatoria da comissão fiquem entre os indicados pelo bloco independente. Feita a escolha, o presidente define o relator. Na próxima sexta-feira (19/03), após a instalação oficial, a CPI já deve se reunir para definir calendário e traçar os nomes dos primeiros depoentes.
Entenda o caso
O caso dos “fura-filas” no governo Zema veio à tona e chocou a população mineira. A informação é de que, além do então secretário de Saúde, servidores da pasta fora dos grupos prioritários receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19. A Assembleia vai analisar uma lista de mais de mil imunizados para saber, caso a caso, se houve irregularidade.
Na manhã desta quinta (18/3), o Estado de Minas recebeu uma nova lista com mais de 1,8 mil trabalhadores da área da saúde que foram vacinados contra a COVID-19 no interior do estado e que a ALMG também vai investigar.
Além da questão ligada aos imunizantes aplicados em funcionários do governo, a CPI quer informações sobre o montante de recursos aplicados pelo governo nas ações de combate à COVID-19.
A ideia é ter detalhes sobre questões como o número de leitos contratados para ampliar o combate ao vírus. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também está apurando a aplicação de vacinas nos servidores da saúde.
No último sábado,o governador Romeu Zema (Novo), oficializou a troca no comando da Secretaria de Estado de Saúde. Carlos Eduardo Amaral deixou o cargo de secretário de Saúde e deu lugar a Fábio Baccheretti Vitor.
A lista com os nomes de todos os servidores está disponível neste link.