A juíza Gisele Guida de Faria, da 38ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, determinou nesta quinta-feira, dia 18, a suspensão do inquérito policial contra o youtuber Felipe Neto, que foi intimado a depor na Polícia Civil nesta manhã por ter chamado o presidente Jair Bolsonaro de "genocida". A magistrada viu "flagrante ilegalidade" na investigação, ressaltando que o delegado Pablo Dacosta Sartori, responsável pela abertura do procedimento, não teria atribuição para cuidar do caso. De acordo com a juíza, tal apuração sequer poderia ter sido iniciada.
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Em vídeo, Felipe Neto volta a defender uso do termo 'genocida' para BolsonaroEm mensagens a apoiadores no Telegram, família Bolsonaro ataca Felipe Neto'A perseguição é constante', diz Felipe Neto após intimação por denúncia de Carlos BolsonaroAdvogados pedem habeas corpus coletivo ao STF por 'Bolsonaro genocida'DPU quer fim da Lei de Segurança Nacional contra críticos de BolsonaroGilmar avalia antecipar decisão sobre lei usada para investigar Felipe NetoManifestantes são detidos com cartazes 'Bolsonaro Genocida' em BrasíliaNeto publicou uma foto do mandado de intimação em sua conta no Twitter. Em texto que acompanha a imagem, o youtuber afirma que o delegado autor da intimação, Pablo Dacosta Sartori, seria o mesmo oficial a quem o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, teria acusado Neto de "corrupção de menores".
"Minha atribuição do termo genocida ao presidente se dá pela sua nítida ausência de política de saúde pública no meio da pandemia, o que contribuiu diretamente para milhares de mortes de brasileiros", escreveu o empresário. "Uma crítica política não pode ser silenciada jamais!"