Na tentativa de justificar o mau funcionamento da política contra a COVID-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro questionou a apoiadores nesta quinta-feira (18/3) se algum país no mundo conseguiu enfrentar de forma eficaz a pandemia. Segundo o chefe do Executivo, “em todo local está morrendo gente” e alegou ser vítima de uma guerra política. O Brasil perdeu até agora mais de 280 mil vidas por conta da COVID-19, beirando 3 mil mortes diárias pela doença.
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Rodrigo Pacheco sobre pandemia no Brasil: 'exige coordenação do presidente'Bolsonaro não desiste de Pazuello e quer protegê-lo da JustiçaBolsonaro elogia gestão de Pazuello na Saúde: 'Trabalho brilhante'Bolsonaro: 'Vocês vão ter um capitão corrupção concorrendo em 2022'O presidente ainda atacou quem o questiona pelas negociações frustradas de compra de vacinas e chamou os críticos de imbecis. "A previsão que temos para esse ano é de 400 milhões de doses e o cara fala: 'Cadê a vacina?'. Ou o cara é mal-intencionado, mau-caráter, ou é um imbecil. Não consegue acompanhar. Impressionante. Critica em cima da matéria, justo, sem problema nenhum. Sou passível de erro, quem nunca errou na vida", disse.
Bolsonaro também falou sobre o lote da vacina de Oxford/AstraZeneca suspenso em países europeus como precaução após relatos de trombose. A relação com o uso do imunizante, no entanto, ainda não está comprovada.
“Olha o que aconteceu agora. Não quero falar marca. Tem uma vacina que tem uns 10 países que não vão aplicar mais. Vocês estão sabendo, não é? Aí tem um cara, um cara inteligente ligou para mim: 'Por que você não compra essas vacinas?' Eu falei, cara, se os países não estão aplicando, no mínimo, é um lote suspeito. 'Ah, mas não tem problema'. A que ponto chegou a cabeça de algumas pessoas. Se não estão aplicando lá então vai lá e compra o lote que tem algum problema. Compra”, pontuou o presidente.
Por fim, o mandatário disse ainda que “se o Brasil fosse Israel, já tinha vacinado todo mundo”, se referindo aos 9 milhões de habitantes daquele país.