Jornal Estado de Minas

ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS

Manifestantes fazem novo protesto 'Bolsonaro genocida' no Planalto

Cerca de 40 pessoas se reuniram na Praça dos Três Poderes em Brasília, na manhã desta sexta-feira (19/3) em um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a favor da vacina contra a covid-19 para todos.





Vestidos de preto, manifestantes seguravam cruzes e cartazes escritos "vacina salva vidas" e com palavras de ordem contra o presidente. Os cartazes ainda fazem referência a uma polêmica envolvendo Bolsonaro e o influenciador Felipe Neto, intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro após chamar o presidente de "genocida" nas redes sociais.

O deputado distrital Fábio Félix (Psol) é um dos manifestantes. “Esse também é um protesto contra ataque às pessoas presas de forma arbitrária, antidemocrática e autoritária ontem (18/3) no Distrito Federal. A Polícia Militar do DF levou quatro manifestantes que estavam aqui, na Praça dos Três Poderes, com uma faixa protestando contra o presidente", afirmou o parlamentar.

"A gente acha que foi uma atitude absurda, totalmente em confronto com a Constituição brasileira, tanto é que a polícia federal nem quis registrar queixa pela lei de Segurança Nacional e a Polícia Militar decretou a prisão pela lei de Segurança Nacional. Então, isso é um contra ataque, um protesto para mostrar que não vamos nos calar e a gente não vai se silenciar para o governo federal e a instituição policial tem feito ataque contra a liberdade de expressão", complementou.





A campanha de imunizações começou há dois meses, mas apenas pouco mais de 5% da população adulta recebeu as doses. Ao longo desta semana, o governo ainda confirmou a troca no comando do Ministério da Saúde, com a saída de Eduardo Pazuello e entrada do cardiologista Marcelo Queiroga.

Durante a live semanal que promove em suas redes sociais, nessa quinta-feira (18/3), o presidente questionou se haveria algum país no mundo que tem lidado de forma satisfatória com a pandemia.

A condução da crise sanitária pelo governo tem sido criticado: nesta semana, o Brasil chegou à marca de 287,4 mil mortos em decorrência da infecção e 11,7 milhões casos confirmados. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um relatório em que alerta para o descontrole da pandemia no país e classificou o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil. A ocupação de leitos públicos para adultos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratar os pacientes graves acometidos pela COVID-19 ultrapassava os 80% em 24 estados.

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