Jornal Estado de Minas

Ação no STF

DPU quer fim da Lei de Segurança Nacional contra críticos de Bolsonaro


As últimas investidas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra seus críticos e opositores levou a Defensoria Pública da União (DPU) a entrar com pedido de habeas corpus coletivo no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o fim de ações penais e inquéritos baseados na Lei de Segurança Nacional.



O DPU pediu, além do fim de “quaisquer medidas de coerção”  em manifestrações pacíficas, que as secretarias estaduais de segurança pública orientem os policiais para que não restrinjam, "de maneira alguma, a liberdade de mera manifestação da opinião política" contra Bolsonaro; que todos os inquéritos e procedimentos abertos contra pessoas enquadradas na Lei de Segurança Nacional por suposto crime contra a honra do presidente sejam trancados; e ainda que a Polícia Federal, os ministérios públicos e o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, sejam impedidos de requisitar a instauração de inquéritos baseados na Lei de Segurança Nacional contra críticos de Bolsonaro.

A referida  lei é datada  de 1983, do fim da ditadura militar (1964-1985), a Lei de Segurança Nacional foi usada recentemente contra os youtubers Felipe Neto e Rodrigo Grassi, conhecido como Rodrigo Pilha, e ao menos 25 pessoas em Uberlândia, município no interior de Minas Gerais.

Além dos youtubers e do grupo em Minas, um aliado de Bolsonaro já foi enquadrado na lei: o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso após publicar um vídeo no YouTube com ameaças ao Supremo e aos ministros da Corte.

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