A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) cometeu uma gafe ao divulgar uma thread no Twitter para convencer a população que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) investe em vacinas contra a COVID-19 desde março de 2020. As publicações foram feitas no domingo (21/03).
“A vacina contra a COVID-19 foi testada em humanos pela primeira vez. Os testes aconteceram nos EUA”, escreveu Bolsonaro junto ao vídeo.
Nas imagens, Mandetta falava sobre o início dos testes da vacina.
“Nos temos algumas boas notícias, hoje a primeira paciente, voluntária, nos Estados Unidos, testou a vacina e foi a primeira pessoa a fazer o uso de uma vacina. Vamos ver como ela vai se comportar. Se a ciência vai conseguir. Vacinas não são soluções fáceis, mas são a melhor solução para lidar com o vírus. Nós só teremos paz quando tivermos uma vacina”, declarou o ex-ministro.
“Nos temos algumas boas notícias, hoje a primeira paciente, voluntária, nos Estados Unidos, testou a vacina e foi a primeira pessoa a fazer o uso de uma vacina. Vamos ver como ela vai se comportar. Se a ciência vai conseguir. Vacinas não são soluções fáceis, mas são a melhor solução para lidar com o vírus. Nós só teremos paz quando tivermos uma vacina”, declarou o ex-ministro.
Veja o post original:
Veja o post publicado pela Secom:
Excluindo o vídeo de Mandetta, que saiu brigado com Bolsonaro do Ministério da Saúde, a Secom seguiu publicando tuítes tentando comprovar que Jair Bolsonaro é pro-vacina.
%u274C A mentira: "Governo Bolsonaro negligenciou a vacina contra Covid!"
%u2014 SecomVc (@secomvc) March 21, 2021
%u2705 A VERDADE: Presidente e Governo buscam vacinas comprovadamente seguras e eficazes desde MARÇO DE 2020. %u2935%uFE0F
Desde o início da pandemia, Bolsonaro vem adotando posicionamentos negacionistas. Entre eles, negar a existência do vírus, não comprar vacinas, não utilizar equipamentos de segurança e incentivar o uso de remédios sem eficácia comprovada.
Demissão
Mandetta foi demitido pelo presidente em abril de 2020. Ele estava à frente da pasta desde o início do governo, em janeiro de 2019, e ganhou maior visibilidade com a crise provocada pelo novo coronavírus.
A demissão aconteceu após Bolsonaro e Mandetta manifestarem divergências públicas em razão das estratégias para conter a velocidade do contágio da COVID-19. O médico era a favor do isolamento social e das medidas de proteção contra doença.
Outro ponto foi o uso de remédios sem éficacia cientificamente comprovada. Bolsonaro queria que Mandetta apoiasse o uso de cloroquina. Por ser médico,o ex-ministro não quis implantar o remédio no Sistema Único de Saúde (SUS), depois da comprovação da sua ineficácia contra o vírus.