O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar sobre as medidas restritivas adotadas pelos governadores em todo país para tentar conter a COVID-19 nos estados. Em tom de crítica, Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (22/03), que é preciso “lutar contra o vírus e não contra o presidente”.
“Eu devo mudar o meu discurso? Eu devo me tornar mais maleável? Devo ceder? Fazer igual a grande maioria tá fazendo? Se me convencerem do contrário, faço, mas não me convenceram ainda. Devemos lutar é contra o vírus e não contra o presidente”, afirmou Bolsonaro durante cerimônia no Ministério da Educação.
Segundo Bolsonaro, “parece” que “só no Brasil morre gente”. “Lamento o número de mortes. Qualquer morte. Não sabemos onde isso vai acabar”, pontuou.
Durante o discurso, Bolsonaro também afirmou que caso alguém consiga convencê-lo ele poderia mudar o discurso negacionista. “Se ficar em lockdown 30 dias e acabar com o vírus, eu topo. Mas sabemos que não vai acabar”, disse.
“Me chamam de negacionista ou de ter um discurso agressivo. Respeite a ciência! O lockdown não deu certo. Não estou afrontando ninguém”, finalizou.
O presidente também garantiu que não estava "dando recado para ninguém" e fez elogios ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro vem adotando posicionamentos negacionistas. Entre eles, negar a existência do vírus, não comprar vacinas, não utilizar equipamentos de segurança e incentivar o uso de remédios sem eficácia comprovada.