Jornal Estado de Minas

SUPREMO

Gilmar comenta sentenças de Moro: 'Português misturado, precisa traduzir'

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ficou irritado com o colega Kassio Nunes Marques, nesta terça-feira (23/3), por ele ter dado posição favorável ao ex-juiz Sergio Moro no caso da suspeição que tramita na Segunda Turma. Segundo o ministro, Moro tem uma linguagem que se avizinha "bastante do português".



"É um português muito misturado, muito confuso, seria preciso traduzir", diz Gilmar Mendes sobre texto escrito por Moro. "Escreve como fala”, completou.

Durante discurso, Gilmar questionou se algum dos ministros presentes compraria um carro usado de Sérgio Moro ou de Deltan Dallagnol.

Nunes Marques criticou os hackers que invadiram o Telegram dos procuradores da Lava-Jato durante seu voto. O fato irritou Mendes, que questionou: “Não estamos aqui para falar de hackers, estamos para falar de um juiz suspeito”.




 
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Gilmar ainda citou outros fatos elencados pelo ex-presidente na acusação de parcialidade: a condução coercitiva de 2016, a divulgação de conversa com Dilma Rousseff, a quebra de sigilo telefônico de advogados e a publicação da delação de Antonio Palocci.

 “O uso recorrente da condução coercitiva tem por trás a estratégia de constranger os investigados a prestar esclarecimentos. Isso não tem a ver com garantismo nem aqui nem no Piauí”, afirmou aos gritos.

Entenda

A Segunda Turma do STF retomou na tarde desta terça-feira (23/3) o julgamento sobre a suposta parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro ao condenar Lula na ação do triplex do Guarujá.

O caso foi incluído na pauta da Segunda Turma após o ministro Kassio Nunes Marques devolver a vista e liberar o processo para julgamento.  

Veja:

   
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  




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