Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Municípios cobram esforços e empatia de Bolsonaro para evitar colapso


Em carta aberta divulgada nesta terça-feira (23/03), a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) cobrou mudança de postura do presidente da República, Jair Bolsonaro, no enfrentamento da COVID-19 no Brasil. O movimento que representa as pequenas cidades brasileiras pediu a união das esferas públicas em momento crítico da pandemia no país e que o embasamento científico seja priorizado em medidas em prol da saúde da população. 





“Conclama ao presidente da República que assuma de uma vez por todas o papel constitucional de coordenação nacional no enfrentamento da COVID-19 no país, promovendo o alinhamento entre as esferas de governo e de poder. O Brasil vive o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história, tornando-se epicentro mundial da pandemia. É hora de focar no presente, produzir resposta efetiva, colocar a evidência científica como norte e despolitizar a pandemia, superando divergências e priorizando a defesa da vida para estancar as milhares de mortes e aplacar o sofrimento das famílias brasileiras.”, diz um trecho da nota. 

O movimento municipalista ressalta que o presidente deve se empenhar, em caráter de urgência, na comunicação para alertar a sociedade sobre a necessidade das medidas de isolamento social e higienização, além da necessidade da vacinação. 
 
“O presidente da República deve estar pessoalmente empenhado na execução de campanha de comunicação em prol da eficácia e da segurança das vacinas, além da defesa das medidas não farmacológicas, como o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool gel, que vêm sendo adotadas em todo o país por estados e municípios. Faz-se urgente também a implementação de medidas pela União nas atividades de âmbito nacional, dando maior efetividade às ações dos demais”. 





A confederação ressaltou que os municípios dependem dos esforços do governo federal para não evitar colapso na saúde, com falta de cilindros de oxigênio e vagas em leitos de hospitais. 

“As prefeitas e os prefeitos do Brasil fazem a sua parte e continuarão não medindo esforços para exercer seu papel de corresponsabilidade, mas precisam e clamam para que o presidente da República assuma, de forma inadiável, seu dever de coordenar a nação, respeitando a população, a ciência e a comunidade internacional com a humanidade e a empatia exigidas de um Chefe de Estado”. 

“Urgem ações emergenciais para o fomento à produção e à importação de neurobloqueadores e oxigênio, além de uma operação logística nacional para o monitoramento e o remanejamento desses insumos no território. Uma nação não pode aceitar cidadãos morrendo sufocados ou tendo que suportar dores indescritíveis decorrentes de intubação sem anestesia. necessárias, para responder a esta batalha”, concluiu. 


Números da pandemia no país


Nessa segunda-feira, o Brasil registrou, pelo 24º dia consecutivo, o recorde na média móvel de mortes por COVID-19: 2.298 óbitos O país já  ultrapassou a marca de 12 milhões de infectados pelo coronavírus, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa, com base em dados fornecidos por secretarias estaduais de saúde. Já são mais de 295 mil mortes registradas no país por COVID desde o início da pandemia. 
 
 
 





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