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Estado de Minas AFIRMAÇÃO FALSA

Bolsonaro: 'Ações no início da pandemia garantiram vacinação'. É mentira

Ministério da Saúde recusou ofertas de até 60 milhões de doses da CoronaVac feitas pelo Butantan em junho do ano passado; também não fechou com a Pfizer


23/03/2021 20:57 - atualizado 23/03/2021 21:44

Afirmação de Bolsonaro de que trabalhou por vacinas desde o começo da pandemia é falsa(foto: Reprodução)
Afirmação de Bolsonaro de que trabalhou por vacinas desde o começo da pandemia é falsa (foto: Reprodução)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em pronunciamento reproduzido em cadeia de rádio e televisão nesta terça-feira (23/03), afirmou que, graças às ações tomadas pelo governo federal no começo da pandemia da COVID-19, o Brasil registra, atualmente, 32 milhões de doses distribuídas aos estados. No entanto, a afirmação de Bolsonaro é falsa.

"Quero destacar que, hoje, somos o quinto país que mais vacinou no mundo. Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de vacinas distribuídas para todos os estados da federação, graças às ações que tomamos logo no início da pandemia", disse.

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Em 27 de junho do ano passado, o governo federal assinou um acordo de cooperação com o laboratório AstraZeneca, para o desenvolvimento da vacina criada pela Universidade de Oxford, no Brasil, por parte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No entanto, no dia 30 de julho, o Ministério da Saúde recusou uma oferta do Instituto Butantan, que oferecia 60 milhões de doses a partir do último trimestre do ano passado.

No dia 18 de agosto de 2020, o Instituto Butantan voltou a fazer contato com o Ministério da Saúde oferecendo 45 milhões de doses em dezembro e 15 milhões no primeiro trimestre de 2021. A entidade oferecia as vacinas ao custo de R$ 21,50 por dose. Assim como na primeira oferta, a pasta federal nunca respondeu à proposta dos paulistas.

Em outubro do ano passado, mais precisamente no dia 7, o Instituto Butantan entregou mais um ofício ao Ministério da Saúde, solicitando a manifestação da pasta o mais breve possível. Na ocasião, o ministro da época, Eduardo Pazuello, respondeu com a intenção de comprar 46 milhões de doses da CoronaVac, compra que foi vetada por Bolsonaro, que afirmou que cancelaria a aquisição da "vacina chinesa do Doria (João Doria, governador de São Paulo)".

"Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade", afirmou Bolsonaro, na época.

Por duas vezes, Bolsonaro rejeitou a compra de vacinas nas redes sociais(foto: Reprodução/Redes sociais)
Por duas vezes, Bolsonaro rejeitou a compra de vacinas nas redes sociais (foto: Reprodução/Redes sociais)

Por duas vezes, Bolsonaro rejeitou a compra de vacinas nas redes sociais(foto: Reprodução/Redes sociais)
Por duas vezes, Bolsonaro rejeitou a compra de vacinas nas redes sociais (foto: Reprodução/Redes sociais)


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