Servidores da Secretária de Estado de Saúde realizaram manifestação, na manhã desta quarta-feira (24/3), contra a publicização dos nome de cerca 1,8 mil servidores da do interior e cerca de 800 da capital, investigados pela comissão parlamentar de inquérito (CPI), criada na Assembleia Legislativa, para investigar denúncias de fura-filas. Os servidores colocaram balões brancos nas unidades e faixas com os dizeres: "Aqui tem trabalhadores de saúde lutando por você".
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Pacheco será articulador junto a governadores em comitê do governoPacheco e Lira cobram discurso único entre Poderes e liderança de BolsonaroUm ano depois da pandemia, Bolsonaro anuncia comitê de gestão da crisecoronavirusmgPresidente do COREN-MG diz que enfermeiros são desprezados pelo governoServidores da ALMG em home office foram vacinados para reforçar atendimentoRosto de mandato coletivo na Câmara de BH, Sônia Lansky renunciaEntrada de BH em consórcio por vacinas avança na Câmara MunicipalAs manifestações foram organizadas pela Associação dos Especialistas em Políticas e Gestão de Saúde do Estado de Minas Gerais (AEPGS). "Estamos pedindo a valorização do trabalhador da saúde. A pauta não é aumento. A Assembleia está denegrindo e Zema está jogando para as cobras o trabalhador da saúde", afirmou o presidente da entidade, Gustavo Ribeiro Bedran.
Bedran questiona as ações da CPI para investigar as denúncias de fura-fila por servidores em funções administrativas. "A CPI é contrária quando divulgam o nome dos servidores. Tem servidores que foram aviltados na família, aviltados na região que moram. Tivemos casos, de tudo quanto é jeito. Situações vexamitórias."
A AEPGS questina a divulgação dos nomes de 2,6 mil servidores do interior e da capital, que, segundo ele, têm sido submetidos a situações vexatórias, embora não tenham sido comprovadas irregularidades até o momento. "Não podiam divulgar pela questão da lei geral de proteção de dados. Está errando em qualificar todos de uma forma. A manifestão foi realizada em 28 superintendências e diretorias regionais de saúde.
Bedran diz que o Centro de Operações de Emergência em Saúde de Minas Gerais (COES-MG) aprovou a vacinação dos servidores, seguindo determinações do Ministério da Saúde e do Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19. "Não cabe a Assembleia fazer um juízo moral e ético. A vacina do motorista de ônibus vale mais que a vacina do trabalhador de saúde? Esse juízo de critério moral não cabe. O critério é sanitário. Se está contra, discute com quem fez as normas, o Programa Nacional de Imunização", diz.
Ele afirmou que não tomou a vacina e reforçou que quem definiu os critérios foram os gestores. Segundo ele, os servidores foram convocados para tomar a vacina. "Se sua filha é convocada para tomar vacina na escola você manda e depois ela não pode ser vilipendiada, não pode ser exposta em situação vexamitosa. Os trabalhadores foram convocados para tomar vacina e agora estão sendo expostos.
Os deputados questionaram a vacinação de funcionários da SES que estão em home office e que fazem trabalhos administrativos, mas Bedran rebate. "Tenho servidor em home office, teletrabalho que vai uma vez presencial, mas que faz a regulação de todos os leitos hospitalares do estado. Já teve servidor que pegou COVID-19 e por um mês essa regulação ficou prejudicada", disse.
Segundo o servidor, a vacinação é uma questão de estratégia sanitária. "Não é à toa que o Ministério da Saúde priorizou os trabalhadores de saúde. Não cabe à CPI dizer que o trabalhador em home office não pode, que é menos importante que o motorista de ônibus. É um discurso de circo", disse.
Ele falou da importância do servidor para o funcianamento do Sistema Único da Saúde (SUS). Os critérios foram estabelecidos pela alta administração, não cabe ao trabalhador ser penalizado em consequência do estabelecimento desse critério. "Ele não tem culpa de ter sido convocado para tomar a vacina."
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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