Nesta quarta-feira (24/03), em sessão no Senado Federal com o chanceler Ernesto Araújo, o assessor especial para assuntos internacionais do presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, reproduziu um gesto obsceno e também considerado supremacista. Durante a fala de introdução do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o assessor fez o sinal que significaria White Power (Poder Branco).
%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 Filipe Martins, assessor internacional do presidente da República, durante sessão do Senado Federal para ouvir o chanceler Ernesto Araújo. pic.twitter.com/EVinI5T9jd
%u2014 Eixo Político (@eixopolitico) March 24, 2021
“O significado do gesto é "White Power", "Poder Branco". Os três dedos esticados formam o W. O indicador colado no polegar forma o círculo do P”, explicou o sociólogo Celso Rocha de Barros, em postagem no Twitter.
O gesto com forma arredondada, que também pode ser entendido como um 'OK', foi classificado como 'uma verdadeira expressão da supremacia branca', de acordo com a Liga Antidifamação, organização que monitora crimes de ódio nos Estados Unidos.
O gesto com forma arredondada, que também pode ser entendido como um 'OK', foi classificado como 'uma verdadeira expressão da supremacia branca', de acordo com a Liga Antidifamação, organização que monitora crimes de ódio nos Estados Unidos.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se revoltou com o gesto e pediu que Filipe Martins fosse retirado das dependências do Senado e autuado pela Polícia Legislativa.
"Eu não sei qual o sentido do gesto do senhor Filipe, era bom que ele explicasse, mas isso é inaceitável, em uma sessão do Senado Federal, durante a fala do presidente do Senado, um senhor está procedendo de gestos obscenos, está ironizando o pronunciamento do presidente da nossa Casa. Não, isso é inaceitável e intolerável. Isso é inaceitável. Basta o desrespeito que esse governo está tendo com mais de 300 mil mortes a esta altura. Não aceitamos que um capacho do presidente da República venha ao Senado”, disparou.
Após a declaração de Randolfe Rodrigues, Rodrigo Pacheco pediu calma à audiência e pediu que a secretaria e a Polícia Legislativa analisassem o episódio. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, não comentou o gesto de Martins.