O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu publicamente o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que vem sendo pressionado pelos congressistas pelo posicionamento do Brasil frente a outros países na pandemia do coronavírus.
Nos bastidores, a saída de Araújo do governo já é vista como possível nos próximos dias.
Nos bastidores, a saída de Araújo do governo já é vista como possível nos próximos dias.
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“Em 2 anos, fomos de anão diplomático financiador de ditaduras para grande parceiro de importantes países”, completou Eduardo Bolsonaro.
O filho do presidente Jair Bolsonaro é um dos que apoia abertamente o ministro. Outro seria o assessor Filipe Martins.
Ernesto Araújo foi ao Senado para relatar sobre a atuação do ministério na crise da COVID-19, mas recebeu duras críticas de vários parlamentares, que pediram sua renúncia. O presidente da casa, o mineiro Rodrigo Pacheco (DEM), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) também já haviam criticado o ministro.
Araújo respondeu aos congressistas que dorme "com a consciência tranquila" e que "é preciso reconhecer as qualidades" do governo.
Um dos argumentos dos parlamentares é que o Brasil não conseguiu vacinas a tempo para imunizar a população, aspecto que contribuiu para o aumento da média móvel de mortes no país para 2,2 mil em março.
Ernesto Araújo, recentemente, chefiou uma comitiva brasileira que foi a Israel tomar conhecimento das pesquisas de um spray nasal contra COVID-19. O medicamento não tem comprovação científica.