A reunião de governadores o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi marcada por críticas ao comitê criado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para enfrentar a COVID-19. O grupo formalizado após reunião de chefes de Poderes nesta semana deixou de fora estados e municípios. Para governadores, Bolsonaro se recusa a mudar de postura e continua confrontando medidas adotadas nos governos locais.
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Na briga com Doria por vacina nacional, Bolsonaro faz thread no TwitterSecretário-executivo da Saúde é exonerado depois de troca de ministrosBolsonaro a apoiador que fez gesto considerado nazista: 'Pega mal pra mim'Governadores reagem a tentativa de Bolsonaro de culpá-los por mortesVacinar 1 milhão de pessoas por dia é perfeitamente possível, diz Pacheco"Dissemos da importância de que esse comitê nacional tenha a presença de Estados e municípios. Não é razoável sem a presença de Estados e municípios", afirmou o governador do Piauí e coordenador do Fórum de Governadores para a crise de covid-19, Wellington Dias (PT). O comitê anunciado por Bolsonaro fará a primeira reunião na próxima segunda-feira, 29.
Apesar da insatisfação, os governadores concordaram em manter conversas periódicas com Pacheco para definir as demandas. "Houve muita crítica ao comitê criado e ao comportamento do presidente de enfrentamento aos governadores e alimentação de sua base política para enfrentar os governadores. Isso prejudicou o trabalho imensamente até agora", disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).
Vacinação
Após a reunião com governadores, o presidente do Senado afirmou ter recebido o pedido de que o cronograma de vacinação contra o coronavírus por faixa etária fosse uniformizado em todos os estados e no Distrito Federal. "Eles pediram inclusive que houvesse uma uniformização do Programa Nacional de Imunização para permitir que entre os estados haja igualdade em relação à questão das faixas etárias de alcance da vacinação para não fazer desequilíbrio entre os estados federados", relatou o senador.
Pacheco comentou, ainda, que acredita ser possível atingir a meta anunciada recentemente pelo novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de aplicar 1 milhão de doses por dia.