Após o presidente Jair Bolsonaro trocar o comando do Ministério da Saúde, o secretário-executivo da pasta, coronel Élcio Franco, foi exonerado nesta sexta-feira (26/3). O ato foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) dois dias após o cardiologista Marcelo Queiroga ser nomeado como ministro da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello.
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"Nossa Secretaria Executiva será exercida pelo doutor Rodrigo Castro, funcionário de carreira do Ministério da Economia, que tem uma expertise grande em gestão", disse Queiroga na primeira coletiva de imprensa como ministro.
Enquanto isso, quem fica como secretário-executivo substituto é o diretor do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), Jacson Venâncio de Barros.
Ainda durante a primeira coletiva, o novo ministro da Saúde afirmou que o presidente Jair Bolsonaro concedeu a ele total autonomia para indicar o secretariado da pasta e indicou que busca se aproximar da área médica e científica nas indicações.
Mudança
Ao contrário de Pazuello, que tinha uma equipe formada majoritariamente por militares, sendo a maioria deles alocada na Secretaria Executiva, Marcelo Queiroga afirmou que pretende indicar médicos e cientistas para compor a equipe do Ministério da Saúde.
Um mudança nesse sentido já foi anunciada na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), hoje comandada pelo coronel Luiz Otávio Franco Duarte. Queiroga afirmou que pretende passar o cargo ao médico Sérgio Okane, diretor executivo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Secretaria especial para a COVID-19
O quarto ministro da Saúde de Bolsonaro ainda afirmou que pretende instituir uma secretaria especial para o combate à pandemia da COVID-19. Atualmente, os temas que envolvem a covid-19 são tratados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), responsável por todas as ações de vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis.
Dentro da nova secretaria exclusiva para abordar a covid-19, Queiroga indicou que haverá um núcleo técnico, coordenado pelo professor titular da Universidade de São Paulo Carlos Carvalho, para abordar protocolos assistenciais da covid-19. A secretaria será responsável, por exemplo, por definir quando um paciente precisa ser internado, quando é necessário reposição de oxigênio, quando se deve usar anticoagulante, entre outros pontos.