O maior responsável pelo caos sanitário instalado no Brasil, que vive o pior momento da pandemia de COVID-19, é o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A opinião é de 29,4% dos participantes de um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta segunda-feira (29/3).
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Empresários apertam Centrão por controle de Bolsonaro e cogitam impeachment'Nunca vi impeachment de ministro', diz Mourão sobre Ernesto AraújoBolsonaro convoca população para 'dia de jejum e oração pela liberdade'51% dos brasileiros reprovam gestão da pandemia de Bolsonaro, diz pesquisaVice-prefeito de Lagoa Santa está internado com COVID-19Hamilton Mourão é vacinado: 'Fiz minha parte como cidadão consciente'Mandetta: 'Bolsonaro tem cheiro de cemitério'Bolsonaro já tem lista com opções para substituir Ernesto AraújoRealizada entre 12 e 16 de março, a pesquisa ouviu 2.334 pessoas de todos os estados e do Distrito Federal. A grande maioria parece ter subestimado a duração da epidemia. Segundo 80,4% dos entrevistados, o fenômeno global está durando mais do que esperado.
Já para 14,2%, a extensão da crise está dentro do previsto. Outros 1,8% disseram esperar que pandemia fosse se arrastar por mais tempo. Os que não souberam responder ou não opinaram somam 3,7%.
O saldo de mortos da COVID-19 surpreendeu 73,4% dos consultados, cuja expectativa era de que a doença matasse menos. Por sua vez, 15,7% disseram que já esperavam a escalada de óbitos. Cerca de 6% revelaram perpespectivas ainda mais pessimistas e 4,5% não souberam ou preferiram não opiniar sobre a questão.
O medo de perder um ente querido para o vírus assombra 48% das pessoas. Em seguida, vem o temor de que a pandemia se estenda por mais um longo período (30,2%). Os participantes também receiam ficar doentes (9,9%) e perder o emprego (7,8%).
Curiosamente, há um empate técnico entre entre aqueles que acreditam na melhora da situação sanitária nos próximos meses (39,5%) e os que creem na piora da tragédia (41,5%).
Crise econômica
Já sobre a situação econômica do país, os brasileiros se mostraram pessimistas. Para 54,5%, a crise financeira vai piorar, ante 23% que acham que vai ficar como está e 18,3% que apostam na melhora.
Quanto à situação financeira pessoal, 46,7% dos entrevistados acreditam que a própria situação financeira vai se agravar nos próximos meses, 30,4% acham que suas finanças permanecerão inalteradas, 18,8% acreditam na melhora, ao passo que 4,2% não sabem ou não responderam.
Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, o estudo tem confiabilidade de de 95%, com margem de erro de estimada em 2% para mais ou para menos.