A presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO), reforçou nesta segunda-feira (29/3) críticas ao ministro das Relações Exteriores e chanceler, Ernesto Araújo, a quem acusou de querer esconder os motivos de uma eventual demissão. Segundo a senadora, Araújo "quer uma cortina de fumaça para esconder o motivo real de sua demissão, que se ocorrer será por incompetência" e não descarta um processo de impeachment contra o ministro.
De acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo", Araújo se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira para entregar seu cargo. A informação foi repassada ao jornal por pessoas que acompanham a discussão sobre a saída do chanceler.
"Só posso imaginar o desespero deste senhor, deste cidadão que ainda hoje se chama chanceler", afirmou em entrevista à GloboNews. No domingo (28), Araújo compartilhou pelo Twitter relato de conversa que diz ter tido no início do mês (4/3) com a senadora sobre o edital do leilão 5G. De acordo com o ministro, Kátia havia lhe dito que se fizesse "um gesto" sobre a tecnologia, "seria o rei do Senado".
À emissora, a senadora, no entanto, ressaltou que tem preocupação pela retaliação que a China poderia ter sobre as exportações brasileiras caso a empresa Huawei fosse vetada de participar. Conforme disse, o chanceler "tentava influenciar o presidente Bolsonaro a publicar um decreto excluindo a China" do leilão para instalação do 5G no País.
Apesar das declarações, a senadora destacou que a discussão do 5G é um "assunto menor diante da gravidade da falta de vacina". De acordo com a avaliação da parlamentar, Araújo "envergonha" a diplomacia brasileira e fechou portas para a aquisição de vacinas pelo País. Segundo ela, é possível testemunhar, em reuniões com outros países, as críticas à ineficiência e inadequação do chanceler.
A senadora relatou ter ouvido críticas de outros países com "relação à diplomacia brasileira, à ineficiência, à inadequação" de Araújo ao cargo. "Esse homem vive à margem do leito da democracia, ele é um marginal, ele não serve para representar o Brasil, ele nos envergonha, ele fechou portas, ele dificultou a vida do Brasil", disse.
De acordo com Kátia Abreu, caso não seja possível harmonizar os interesses do Senado e do Executivo, "o Senado vai buscar fazer o seu trabalho independente". "O ideal era todo mundo junto, mas respeito se o governo federal não quiser atender as prerrogativas do Senado de 5G com custo baixo e qualidade", independentemente da empresa, ressaltou.
Sobre a troca no comando do Itamaraty, a senadora disse que não dá para trocar "Ernesto por Ernesto" e que o cargo deve ser ocupado por um diplomata com "estofo". Segundo ela, o Senado não vai exigir que o presidente Bolsonaro faça a troca.
"Nós não queremos nem vamos exigir, mas nós esperamos que não haja uma troca de Ernesto por Ernesto. Nós queremos que o Ernesto seja substituído por um chanceler que tenha estofo, que tenha respeitabilidade, que tenha credibilidade e experiência nas questões internacionais, principalmente em relação ao comércio e à diplomacia em si. Ernesto por Ernesto não dá", afirmou Kátia Abreu.
De acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo", Araújo se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira para entregar seu cargo. A informação foi repassada ao jornal por pessoas que acompanham a discussão sobre a saída do chanceler.
"Só posso imaginar o desespero deste senhor, deste cidadão que ainda hoje se chama chanceler", afirmou em entrevista à GloboNews. No domingo (28), Araújo compartilhou pelo Twitter relato de conversa que diz ter tido no início do mês (4/3) com a senadora sobre o edital do leilão 5G. De acordo com o ministro, Kátia havia lhe dito que se fizesse "um gesto" sobre a tecnologia, "seria o rei do Senado".
À emissora, a senadora, no entanto, ressaltou que tem preocupação pela retaliação que a China poderia ter sobre as exportações brasileiras caso a empresa Huawei fosse vetada de participar. Conforme disse, o chanceler "tentava influenciar o presidente Bolsonaro a publicar um decreto excluindo a China" do leilão para instalação do 5G no País.
Apesar das declarações, a senadora destacou que a discussão do 5G é um "assunto menor diante da gravidade da falta de vacina". De acordo com a avaliação da parlamentar, Araújo "envergonha" a diplomacia brasileira e fechou portas para a aquisição de vacinas pelo País. Segundo ela, é possível testemunhar, em reuniões com outros países, as críticas à ineficiência e inadequação do chanceler.
A senadora relatou ter ouvido críticas de outros países com "relação à diplomacia brasileira, à ineficiência, à inadequação" de Araújo ao cargo. "Esse homem vive à margem do leito da democracia, ele é um marginal, ele não serve para representar o Brasil, ele nos envergonha, ele fechou portas, ele dificultou a vida do Brasil", disse.
De acordo com Kátia Abreu, caso não seja possível harmonizar os interesses do Senado e do Executivo, "o Senado vai buscar fazer o seu trabalho independente". "O ideal era todo mundo junto, mas respeito se o governo federal não quiser atender as prerrogativas do Senado de 5G com custo baixo e qualidade", independentemente da empresa, ressaltou.
Sobre a troca no comando do Itamaraty, a senadora disse que não dá para trocar "Ernesto por Ernesto" e que o cargo deve ser ocupado por um diplomata com "estofo". Segundo ela, o Senado não vai exigir que o presidente Bolsonaro faça a troca.
"Nós não queremos nem vamos exigir, mas nós esperamos que não haja uma troca de Ernesto por Ernesto. Nós queremos que o Ernesto seja substituído por um chanceler que tenha estofo, que tenha respeitabilidade, que tenha credibilidade e experiência nas questões internacionais, principalmente em relação ao comércio e à diplomacia em si. Ernesto por Ernesto não dá", afirmou Kátia Abreu.