A ampla reforma no governo anunciada nessa segunda-feira (29/03) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) elevou para 22 o número de trocas nos ministérios. Apesar das trocas, nem todos os ex-ministros desembarcaram do Planalto.
Isso porque, além de André Mendonça, Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos, que ontem deixaram suas pastas para assumir outras, há o caso de Onyx Lorenzoni, um dos “escudeiros” do presidente.
O ex-deputado gaúcho já foi mudado de função algumas vezes. Primeiro, liderou a Casa Civil por um ano, até ser tornar ministro da Cidadania em fevereiro de 2020. Nesse ano, foi deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência da República.
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Bolsonaro faz 6 trocas no governo e leva nome do Centrão para o PlanaltoSecretário-executivo da Saúde é exonerado depois de troca de ministrosCongresso cobra atitude enérgica do governo, além de troca na SaúdeO ex-deputado gaúcho já foi mudado de função algumas vezes. Primeiro, liderou a Casa Civil por um ano, até ser tornar ministro da Cidadania em fevereiro de 2020. Nesse ano, foi deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Há, também, os que migraram para outros postos de destaque. Jorge Oliveira, ex-secretário-geral da Presidência, partiu para o Tribunal de Contas da União (TCU).
O antecessor, Floriano Peixoto, foi presidir os Correios. (Veja todas as trocas ao fim deste texto.) A primeira mudança no governo Bolsonaro ocorreu menos de dois meses após a posse. Gustavo Bebianno, “fiador” da candidatura do capitão reformado, foi demitido da secretaria-geral da Presidência.
O antecessor, Floriano Peixoto, foi presidir os Correios. (Veja todas as trocas ao fim deste texto.) A primeira mudança no governo Bolsonaro ocorreu menos de dois meses após a posse. Gustavo Bebianno, “fiador” da candidatura do capitão reformado, foi demitido da secretaria-geral da Presidência.
Se os laços com Bolsonaro não foram capazes de segurar Gustavo Bebianno no Palácio do Planalto, a boa avaliação popular de Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro também não bastou para evitar rotas de colisão com o presidente.
Tidos como duas das principais “estrelas” do governo federal, eles saíram há quase um ano. Em 8 de abril do ano passado, Mandetta deixou a Saúde após divergir publicamente do presidente sobre a necessidade de cumprimento das medidas restritivas necessárias para barrar o coronavírus.
Defensor de atos respaldados pela ciência, o médico viu o presidente minimizar o vírus por diversas ocasiões. Eles, agora, são ferrenhos opositores. Ex-juiz, Moro pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública poucos dias após Mandetta. Ele saiu acusando Bolsonaro de tentar interferir no trabalho da Polícia Federal.
Tidos como duas das principais “estrelas” do governo federal, eles saíram há quase um ano. Em 8 de abril do ano passado, Mandetta deixou a Saúde após divergir publicamente do presidente sobre a necessidade de cumprimento das medidas restritivas necessárias para barrar o coronavírus.
Defensor de atos respaldados pela ciência, o médico viu o presidente minimizar o vírus por diversas ocasiões. Eles, agora, são ferrenhos opositores. Ex-juiz, Moro pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública poucos dias após Mandetta. Ele saiu acusando Bolsonaro de tentar interferir no trabalho da Polícia Federal.
Pasta mais importante do país desde março do ano passado, quando a pandemia do novo coronavírus passou a assolar fortemente o Brasil, o Ministério da Saúde foi o que mais mudou de mãos: foram quatro comandantes em menos de um ano. Depois de Mandetta, veio o oncologista Nelson Teich, que durou menos de um mês.
Ele foi substituído pelo general Eduardo Pazuello, tido como especialista em logística. Apenas em setembro, contudo, o general foi efetivado. A pressão sobre Pazuello nunca recrudesceu e, em neste mês, ele acabou trocado pelo cardiologista Marcelo Queiroga. Ricardo Vélez Rodríguez e Abranham Weintraub passaram pelo Ministério da Educação, e Marcelo Álvaro Antônio pelo Turismo.
Ele foi substituído pelo general Eduardo Pazuello, tido como especialista em logística. Apenas em setembro, contudo, o general foi efetivado. A pressão sobre Pazuello nunca recrudesceu e, em neste mês, ele acabou trocado pelo cardiologista Marcelo Queiroga. Ricardo Vélez Rodríguez e Abranham Weintraub passaram pelo Ministério da Educação, e Marcelo Álvaro Antônio pelo Turismo.
Mudanças desde o início
Trocas ministeriais no governo Bolsonaro
- Gustavo Bebianno – deixou a Secretaria-Geral da Presidência – fev/19
- Ricardo Vélez Rodríguez – deixou o Ministério da Educação – abr/19
- Carlos Santos Cruz – deixou a Secretaria de Governo – jun/19
- Floriano Peixoto – deixou Secretaria-Geral da Presidência – jun/19
- Onyx Lorenzoni – deixou Casa Civil – fev/20
- Osmar Terra – deixou o Ministério da Cidadania – fev/20
- Gustavo Canuto – deixou o Ministério do Desenvolvimento Regional – fev/20
- Luiz Henrique Mandetta – deixou o Ministério da Saúde – abr/20
- Sergio Moro – deixou Ministério da Justiça e Seg. Pública – abr/20
- André Mendonça – deixou a Advocacia-Geral da União – abr/20
- Nelson Teich – deixou o Ministério da Saúde – mai/20
- Abraham Weintraub – deixou o Ministério da Educação – jun/20
- Marcelo Álvaro Antônio – deixou o Ministério do Turismo – dez/20
- Jorge Oliveira – deixou a Secretaria-Geral da Presidência – dez/20
- Onyx Lorenzoni – deixou o Ministério da Cidadania – fev/21
- Eduardo Pazuello – deixou o Ministério da Saúde – mar/21
- Com as seis alterações de ontem, somam-se 22 mudanças em dois anos