Jornal Estado de Minas

BASTIDORES

Incertezas abortaram 'feriadão' em MG; foco é contratar mais profissionais

A ideia de antecipar, para o início da próxima semana, os feriados de Tiradentes de 2021, 2022 e 2023 foi abortada por governo de Minas Gerais e Assembleia Legislativa nesta terça-feira (30/3).

Segundo apurou o Estado de Minaspara além das questões epidemiológicas, que não garantem a efetividade da medida, uma série de dúvidas motivou o recuo. Após a divulgação da sugestão, setores econômicos passaram a questionar as diretrizes do funcionamento de atividades entre segunda (5) e quarta (7).



Temores sobre possível prejuízo à vacinação também colaboraram para a desistência. O receio era que o recesso atrasasse a imunização dos grupos que têm recebido as injeções antiCOVID-19.

Agora, os deputados estaduais mineiros voltam as atenções a outro tema presente no Projeto de Lei (PL) que tratava dos os feriados, e diz respeito à contratação de profissionais de saúde. A ideia é reforçar os quadros do estado por meio de ações como o chamamento de voluntários, a designação de estagiários e o retorno temporário de aposentados. A sugestão deve ser votada ainda nesta terça, em turno único.

A tendência é que a aprovação ocorra em uma das duas reuniões extraordinárias de plenário chamadas para hoje. Há encontros previstos para começar às 16h e às 20h.

Nos bastidores, o governador Romeu Zema (Novo) era tido como principal entusiasta da criação de um “superferiado”. No fim de semana, ele discutiu a proposta com o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), que levou a proposta aos colegas. Se os chefes de Executivo e Legislativo não voltassem atrás, o texto seria aprovado com tranquilidade pelos deputados, garantem fontes ligadas ao Parlamento Estadual.



Recesso era trunfo para aumentar isolamento


Mais cedo, Assembleia e Palácio Tiradentes explicaram, em nota conjunta, os motivos da exclusão do “feriadão” do projeto que autoriza a expansão do número de profissionais de saúde ligados ao estado.

“A eficácia desta medida requer maior embasamento fático e estatístico, por isso, a proposta foi retirada do projeto”, lê-se em trecho do texto.

O governo queria estender o recesso da Semana Santa, que começa nesta quinta-feira (2). A esperança era manter a população em casa por mais dias e, assim, aumentar a adesão ao isolamento social.

audima