Jornal Estado de Minas

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#DitaduraNuncaMais: internautas relembram os 57 anos do golpe militar

Cinquenta e sete anos depois do golpe militar, em 31 de março de 1964, que instituiu a Ditadura Militar no Brasil, internautas usam as redes sociais para reprimir as atitudes tomadas pelos militares. Com vídeos, fotos e posts, brasileiros protestam com a hashtag #DitaduraNuncaMais e relembram os 21 anos vividos sob o comando dos militares.





Nesta quarta-feira (31/3), a hashtag ficou entre os assuntos mais falados das redes sociais. No Twitter, a frase é a mais falada do país, com cerca de 100 mil menções.

Além da tag, as frases “foi golpe” e “viva a democracia” também ficaram entre os assuntos mais falados.

Políticos, artistas, celebridades, jornalistas e clubes de futebol postaram imagens relembrando o golpe militar e comemorando a democracia. 
 
Pela tag, a maioria dos internautas citam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pedem mais ações para conter a pandemia de COVID-19. 
 

Veja os comentários da tag #DitaduraNuncaMais 

 
Onda Bolsonarista  

Seguindo a onda bolsonarista, alguns internautas também usaram hashtags como #viva64, #feliz31, #salve31, #viva31demarço (foto: Marcos Corrêa/PR)
No final da noite dessa terça-feira, após a reforma ministerial e a demissão dos generais do Exército, Marinha e Aeronáutica, o novo ministro da Defesa, Walter Braga Nettodivulgou um texto chamado "Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964" enaltecendo o papel que ele classificou de "pacificar o país" realizado pelas Forças Armadas.



Leia: Veja 6 momentos em que Bolsonaro citou as Forças Armadas como arma política

Seguindo a onda bolsonarista, alguns internautas também usaram hashtags como #viva64, #feliz31, #salve31, #viva31demarço, mas agregaram um número bem menor que em outras mobilizações promovidas contra o movimento. 

Bolsonaro anunciou na segunda-feira (29/3) uma reforma ministerial com seis trocas no primeiro escalão do governo. Entre elas, a demissão do general reserva Fernando Azevedo e Silva, que até então comandava a pasta da Defesa.

Leia: Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, pede demissão

Na terça-feira (30/03), o Ministério da Defesa informou que os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica deixaram seus cargos. Eles estavam reunidos desde o início da manhã para deliberar sobre a demissão conjunta.





Leia: Comandantes das Forças Armadas deixam cargos após demissão de ministro  
 

Ditadura militar  

A derrubada de João Goulart  levou a uma ditadura de 21 anos, período marcado por crimes contra a democracia, a liberdade de imprensa e os direitos humanos.

Foram 5 mandatos militares e 16 atos institucionais – mecanismos legais que se sobrepunham à Constituição. Entre eles, o AI-5, que estabeleceu um regime de opressão, garantindo a ampliação dos aparatos de perseguição e repressão dos cidadãos brasileiros. Ações ilegais, como a tortura, ganharam incentivo durante o ato.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  
 
 

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