O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi às redes sociais nesta quarta-feira (31/3) para dizer que “verdadeiros democratas não apagam fotos ou fatos”, no dia que o Brasil completou 57 anos do Golpe Militar, em 1964.
No Twitter, ele fez referência a um projeto de resolução do Congresso Nacional aprovado em abrl de 2013, que anulou a sessão de 2 e abril de 1964 e declarou vaga a presidência da República no mandato do presidente João Goulart.
No período, o então chefe do Executivo foi pressionado a deixar o país diante de uma série de atos dos militares, e fugiu para o Rio Grande do Sul, onde se refugiou e pediu asilo político ao governo uruguaio. Sem ninguém no poder, os militares assumiram o controle do país, culminando na nomeação Humberto de Alencar Castello Branco para a presidência.
Bolsonaro afirmou que não discute história ao lembrar que o dia foi "apagado pelo Congresso Nacional": “Deus abençoe o Brasil e guarde nossa liberdade”, postou o presidente, que publicou foto de quando atuava no Exército.
Na resolução de 2013, que decidiu pela extinção da sessão de 2 de abril de 1964, o então deputado do PP-RJ se tornou voz dissonante na votação do projeto.
“Querem apagar um fato histórico de modo infantil. Isso é mais do que Stalinismo, quando se apagavam fotografias, querem apagar o Diário do Congresso”, afirmou.
Presidente do Senado no período, Renan Calheiros afirmou que estava sendo feita a Justiça no país: É uma oportunidade histórica de reparar uma mancha na história do país”.