Jornal Estado de Minas

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Bolsonaro diz que se vacinará 'se estiver sobrando uma vacina'

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (1º/4) que ainda decidirá se irá se vacinar contra COVID19, e que a decisão será tomada depois que toda a população brasileira for imunizada. A informação foi dita em transmissão ao vivo semanal, pelo Facebook.





"Está uma discussão agora se eu vou me vacinar ou não vou me vacinar. Eu vou decidir. O que eu acho? Eu já contraí o vírus. Depois que o último brasileiro for vacinado, se tiver sobrando uma vacina, daí eu vou decidir se me vacino ou não. Esse é o exemplo que um chefe tem que dar. Igual no quartel. Geralmente o comandante é o último a se servir. É o que dá exemplo a todos", afirmou.

Desde o início da aprovação de vacinas contra COVID-19 pelo mundo, o presidente tem descredibilizado os imunizantes, ainda que dissesse que o governo compraria vacinas assim que aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em janeiro, ele ironizou a eficácia de 50,38% da vacina CoronaVac, em conversa com apoiadores. “Essa de 50% é uma boa ou não?", afirmou à época.

O presidente disse sobre o imunizante que "se jogar uma moedinha para cima é 50% de eficácia", e que a vacina "é para quem não pegou COVID-19 ainda". Também em janeiro, Bolsonaro afirmou que menos da metade da população tinha interesse em ser imunizada contra a COVID-19. 





"Alguém sabe quantos porcento da população vai tomar vacina? Pelo que eu sei, menos da metade vai tomar vacina. E essa pesquisa que eu faço, faço na praia, faço na rua, faço em tudo quanto é lugar", disse. No mês anterior, em dezembro, havia sido divulgada uma pesquisa Datafolha mostrando que apenas 22% dos entrevistados não pretendiam ser imunizados.

Mudança de postura
Após intensas pressões, o presidente alterou ligeiramente a postura, passando a comparecer em evento públicos com máscara e proteção, e falando mais sobre vacinação. "Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas. Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros", disse em pronunciamento em rede nacional no último dia 23.

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