O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou, nesta quarta-feira (1°/4), durante sua live semanal, sobre as trocas feitas esta semana no Ministério da Defesa e negou que esteja ‘politizando’ as Forças Armadas.
Leia Mais
Bolsonaro diz que se vacinará 'se estiver sobrando uma vacina'''Fecha a boca, Bolsonaro. Ouça a ciência'', diz ex-presidente LulaBolsonaro evita falar hidroxicloroquina em live: 'Vão bloquear a página'Com COVID-19, deputado bolsonarista mineiro piora e é intubadoPolícia tem 23 inquéritos sobre ameaças, algumas delas de morte, a Doria“Três ministros foram trocados, durante a semana, e três foram remanejados. Vou falar sobre o Ministério da Defesa. Houve uma especulação enorme da mídia. Tá politizando.”
Segundo o presidente, tanto o antigo quanto o atual ministro da Defesa são generais do Exército. “Do último posto da carreira, generais de 4 estrelas.” Ele lembrou que militares da ativa não podem estar filiados a partidos políticos.
Bolsonaro questionou se estaria politizando ao colocar esses generais para ocupar a pasta. E para justificar a escolha lembrou que a ex-presidente Dilma Rousseff escolheu o ex-ministro e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) para ocupar o cargo, durante seu governo. “Isso é politizar? Ou eu que estou politizando?”, perguntou.
Em seguida, o presidente disse que o então ministro Jaques Wagner nomeou, para um cargo na Secretaria Geral do Ministério da Defesa, a esposa de um integrante do Movimento dos Sem Terra (MST). “Ela era conhecida como ‘Dilma da Bahia’. Estava politizando a Defesa ou era eu?”
Bolsonaro ressaltou que o ex-ministro Aldo Rebelo do PCdoB também já ocupou a pasta e criticou que nesse período não houve críticas da imprensa. “Quando essas pessoas foram alçadas à situação de cargos importantes ou ministérios, pessoas integrantes do PT, PCdoB e PDT não falaram nada.”
O presidente citou ainda os casos de José Genoino, Waldir Pires e Celso Amorim que foram filiados ao Partido dos Trabalhadores e ocuparam cargos ligados ao ministério da Defesa.
Sobre o atual ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, o presidente lembrou que ele foi nomeado interventor na Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
“Fez um excelente trabalho, reequipou a polícia militar, os demais órgãos de segurança. É uma pessoa de combate, um general da linha de frente. Estava na Casa Civil, fazendo um excelente trabalho. Foi convidado por mim. Ele me conhecia, eu conhecia ele e só nós sabemos o motivo disso tudo. Morreu aqui essa história. Não tem que discutir nada.”
Bolsonaro terminou agradecendo o trabalho dos comandantes das Forças Armadas que entregaram os cargos na terça-feira (30/3).