Internado com COVID-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, desde domingo (28/3), o deputado estadual mineiro Coronel Sandro (PSL) precisou ser intubado. Nessa quinta-feira (1°/4), segundo a assessoria do parlamentar, ele teve uma queda na saturação e o procedimento foi necessário. Com o procedimento, ganhou estabilidade no quadro clínico.
O deputado deu entrada no hospital na sexta-feira (26/3) e conseguiu ser transferido para a UTI após dois dias de espera. A transferência de Coronel Sandro foi confirmada por ele nessa segunda-feira (29/3), pelas redes sociais.
“Primeiramente, agradeço a Deus por mais este dia de vida e agradeço também a todos vocês que emanaram pensamentos positivos e orações para que o meu estado de saúde melhorasse. Tem surtido efeito. Apesar de estar na UTI, me sinto muito melhor. Peço que continuem em orações por mim e todas as pessoas que necessitam neste momento de pandemia”, escreveu.
Na quarta-feira (31/3), o parlamentar voltou a confirmar a melhora nas redes sociais. “Hoje, estou me sentindo um pouco melhor, conseguindo conversar, mas ainda cansado, o que é esperado nesse momento”, disse. Menos de 24 horas depois, foi informado que ele precisava de intubação para ganhar estabilidade.
Coronel Sandro é partidário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e defensor do "tratamento precoce" por meio do “kit COVID-19”, composto por medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina, substâncias sem eficácia comprovada para barrar o vírus e que podem causar graves efeitos colaterais.
Nas últimas semanas, o deputado chegou a prometer transmitir, ao vivo, conversa com a médica Raíssa Soares, uma das entusiastas do protocolo de Bolsonaro. Em fevereiro, Coronel Sandro assinou requerimento pedindo audiência para debater a implementação do “kit COVID-19”.
Por diversas vezes, o político questionou medidas de isolamento social recomendadas por autoridades. Durante reunião plenária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em maio do ano passado, o deputado pediu um minuto de silêncio “por todas as pessoas que morreram em decorrência da fome provocada pelo desemprego em virtude do lockdown”.
Ao ser questionado sobre o número de vítimas, não soube responder.