O superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva, comentou as críticas feitas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre uma operação contra extração ilegal de madeira realizada em dezembro do ano passado. A ação foi a maior da história do Brasil.
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Justiça de SP absolve Ricardo Salles em ação por improbidade na Várzea do TietêSalles é alvo de investigação criminal após testar positivo para COVIDOito dias após testar positivo para covid, Salles vai a eventos em BrasíliaPF envia notícia-crime ao STF e pede que Ricardo Salles seja investigadoAs declarações foram feitas em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Durante a reunião ministerial de 22 de abril de 2020, marcada em razão da saída do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro do governo, Salles afirmou que o governo precisava aproveitar as atenções voltadas para à COVID-19 para passar “a boiada” no Amazonas. Ao comentar o caso, Saraiva afirmou que “na Polícia Federal não vai passar boiada”.
Entenda: Entidades repudiam declarações de Salles sobre 'passar a boiada'
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Segundo o superintendente, as empresas investigadas na operação realizada em dezembro estavam trabalhando de forma ilegal na região.
Ele se referiu aos empresários como “organização criminosa”. “Não merecem nem a denominação de empresas. Têm a vida dedicada ao crime, ao furto de bens públicos, à fraude, à corrupção de servidores públicos”, pontuou.
Entenda
A operação Handroanthus GLO, da Polícia Federal, foi realizada na divisa do Pará com o Amazonas e culminou na maior apreensão de madeira nativa da história do Brasil extraída ilegalmente. Os agentes apreenderam 131,1 mil m3 de toras, volume suficiente para a construção de 2.620 casas populares.