Filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que tanto seu pai quanto ele são os menos interessados na implementação de uma ditadura no país. Ele responde a um processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por fazer referências ao AI-5 e ao fechamento do Congresso Nacional em 2019.
"Ressalto aqui que, já eleito presidente da República, o menos interessado que o Brasil vire uma ditadura é o próprio presidente Jair Bolsonaro. E também eu, o deputado federal mais votado da história do país — e alguns pedem para eu ser cassado, uma total violação do nosso sistema representativo —, sou o menos interessado em ter qualquer tipo de ditadura, porque o poder já está em nossas mãos", afirmou.
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Planalto avisa que posse de ministros será fechada, mas com transmissão ao vivoGilmar Mendes proíbe abertura de igrejas em SP e envia caso ao plenárioProcesso contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética deve ser arquivadoConselho de Ética da Câmara julga representações contra Eduardo BolsonaroDamares: 'Fui barbaramente abusada', lembra ministra Carlos Bolsonaro diz que jornais não usam nome do pai em 'boas notícias'O deputado respondia a afirmações da deputada Fernanda Melchionna (PSol), que disse que o governo Bolsonaro tenta cercear as liberdades democráticas e chamou a troca no comando das Forças Armadas, na semana passada, de "a maior crise militar" desde a década de 1940.
Sobre Eduardo Bolsonaro, a parlamentar criticou que um deputado eleito por meios democráticos use sua prerrogativa para atacar a democracia. "Não podemos conceber que quem jurou defender a Constituição rasgue-a. Que alguém eleito pelo voto use sua prerrogativa para fazer uma tentativa de intimidação", disse.
Vista
Ela defendeu que o filho do presidente tenha seu mandato cassado e pediu vista do processo contra Eduardo Bolsonaro, ao discordar do relatório do deputado Igor Timo (Podemos), que afirmou, em seu voto, que as alusões de Eduardo à ditadura não configuram excesso de linguagem, que o fato não afeta a dignidade da representação popular que lhe foi outorgada e que outros casos semelhantes foram arquivados.
A matéria deve voltar a ser discutida na próxima quinta-feira (8), na Comissão.